Caso Jordy: bolsonaristas cobram de Moraes “suspeição” para julgar 8/1

Senadores da oposição consideram "suspeita" a relatoria de Moraes sobre processos do 8 de janeiro, nos quais Carlos Jordy é investigado

atualizado 19/01/2024 9:40

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O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy, fala ao microfone durante reunião com correligionários Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (19/1), parlamentares bolsonaristas pediram que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se declare suspeito para julgar os atos de 8 de janeiro. O pedido foi feito após a investigação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) na Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nessa quinta-feira (18/1).

No comunicado, senadores da oposição afirmaram ter recebido com “grande preocupação a notícia de uma ordem de busca e apreensão expedida” contra Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados. Ele é investigado por supostamente incitar as manifestações golpistas de 8 de janeiro.

Para os parlamentares, a nomeação de Alexandre de Moraes para a relatoria de processos sobre os ataques antidemocráticos demonstra um “vício de origem”. “As declarações públicas do ministro, nas quais ele se apresenta como vítima de ameaças, levantam sérias dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária em tais projetos”, consta no documento.

“Ele não tem imparcialidade para os processos dos atos do 08 de janeiro de 2023, é supostamente vítima, investigador e julgador. Ele comenta e concede entrevistas sobre processos que estão sob julgamento e opina sobre fatos ainda não julgados.Ante o exposto, a postura republicana esperada seria o próprio ministro tomar a iniciativa de se declarar suspeito para julgar os atos de 08 de janeiro, com a grandeza de quem, de fato, busca a pacificação do país e está disposto a virar essa lamentável página da história brasileira, cumprindo a lei e agindo na defesa da Constituição”, concluem os senadores no documento.

A nota é assinada por Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Entenda

Carlos Jordy é investigado por incitar os atos golpsitas do 8 de janeiro. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, localizado no Anexo III da Câmara dos Deputados, na manhã dessa quinta.

De acordo com as apurações da PF, Jordy teria passado mensagens com orientações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro para bolsonaristas do Rio de Janeiro. A PF acredita que as mensagens podem ter servido como “atos preparatórios” para as manifestações antidemocráticas do ano passado.

Operação Lesa Pátria

As investigações ocorrem no âmbito da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023.

Na quinta, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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