Ricardo Cappelli bloqueia críticos após fala sobre violência na Bahia

Número 2 da Justiça, Cappelli bloqueou pesquisadores e jornalistas que o criticaram após ele falar que não se combate crime com rosas

atualizado 02/10/2023 9:15

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Foto colorida do secretario executivo do Ministério da Justiça Ricardo Cappelli - Metrópoles Breno Esaki / Metrópoles

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, bloqueou jornalistas e pesquisadores que o criticaram no X (antigo Twitter). Ele é cotado para assumir a chefia do ministério, após uma possível ida do atual ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última quinta-feira (28/9), em entrevista para a CNN, ao comentar as ações policiais com muitos mortos na Bahia, Cappelli saiu em defesa da polícia baiana e ironizou: “Não se enfrenta o crime organizado com fuzil de rosas”, disparou. A Bahia se destaca no ranking de homicídios e mortes por intervenção policial.

Pesquisadores e jornalistas que criticaram a fala do número dois de Dino foram bloqueados nas redes sociais. Após repercussão negativa da atitude do secretário executivo, por ser considerada anti-democrática, Cappelli justificou que críticas e sugestões são sempre bem-vindas, mas que xingamentos e agressões, não. Ele defendeu que é agressão dizer que uma opinião é “falácia”.

“Dói demais”, escreve Cappelli

Depois de novas críticas, Cappelli fez publicações marcando o pesquisador Thiago Amparo e a jornalista Cecília Oliveira, dois dos bloqueados, dizendo que colocou a própria vida em risco para defender a democracia e que as críticas doeram muito.

“Ser chamado de oportunista dói demais. Muito”, escreveu em uma das publicações.

As redes sociais ficaram bastante agitadas com essa situação, com perfis mais alinhados com a esquerda criticando ou defendendo o secretário executivo.

O próprio ministro Flávio Dino fez uma longa publicação, sem citar o caso concreto, mas fazendo uma clara referência ao episódio envolvendo Cappelli.

“Creio que injustos ataques políticos e extremismos mobilizam ‘torcidas’, mas não resolvem problemas”, escreveu no X.

“Pressões do identitarismo”

Não é a primeira vez que pesquisadores e militantes do movimento negro criticam falas de Cappelli.

Na semana passada, ao comentar as indicações de Lula para Procurador Geral da República e para o STF, Cappelli falou que o presidente prestava um grande serviço ao país “ao rejeitar pressões corporativas e identitárias”.

Isso porque parte da sociedade tem se manifestado pela escolha de uma mulher negra para a vaga da suprema corte.

Ricardo Cappelli foi interventor na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após o ato golpista de 8 de janeiro.

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