Barroso sobre 8/1: “Reencontro com os piores dias do passado”

Além de refletir sobre a ditadura e os ataques contra a democracia em 8/1, o ministro Barroso também rebateu André Mendonça

atualizado 14/09/2023 12:27

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Ministro Luís Roberto Barroso Rosinei Coutinho/SCO/STF

Durante seu voto no julgamento dos réus que participaram dos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso ressaltou que os ataques à democracia ocorridos na data relembram o risco do retorno da Ditadura. “É um reencontro com os piores dias do nosso passado”, destacou.

“Não considero de pouca monta o risco que nós tivemos de voltar ao tempo que nós vivemos. A democracia brasileira correu risco real e o 8 de janeiro foi a parte mais visível que transitou no subterrâneo que vamos conhecer integralmente”, afirmou o ministro Barroso.

“É um reencontro com os piores dias do nosso passado”, foi apenas uma das muitas referências que o ministro Barroso fez, em seu voto no julgamento. Assim como Alexandre de Moraes, ele também rebateu as falas do advogado Sebastião Coelho, que disse, durante seu próprio julgamento, que os ministros do STF eram as pessoas mais odiadas do país.

“É até possível que sejamos muito odiados, mas só por aqueles que querem o retorno daqueles tempos sombrios”, disse Barroso.

Minutos depois, o ministro Luís Roberto Barroso rebateu as críticas de Mendonça, que havia deixado subentendido uma possível participação do próprio governo federal vigente nos ataques à democracia ocorridos em 8/1. “Para ter havido fraude, era preciso que nós três (Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes), que organizamos as eleições, tivéssemos sido capazes de conceber uma fraude que ninguém descobriu. (…)”, afirmou Barroso em voto.

“Chega a ser lisonjeiro esse tipo de imaginação. (…) Numa democracia, aceita-se o resultado das eleições. (…) Nós precisávamos virar a página da história que serve de justificativa para esse tipo de golpismo”, ressaltou.

O ministro Barroso votou pela condenação do réu em quatro crimes, além de pedir 10 anos de prisão. O STF formou maioria para condenar o primeiro réu, Aécio, dos atos golpistas do 8 de janeiro graças ao voto da ministra Cármen Lúcia.

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