A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a retirada do nome de Terezinha de Fátima Issa da Silva da lista de financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A moradora de Caxias do Sul (RS) acabou associado à empresa Godoy Transportes devido a uma nota fiscal com o nome errado enviada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e remetida à AGU.
Em um primeiro pedido da AGU para bloquear R$ 6,5 milhões em bens de financiadores dos atos, Terezinha chegou a ter suas contas barradas. Ela foi acusada de fretar veículo apreendido por transportar bolsonaristas rumo aos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Após solicitar os bloqueios à Justiça, a AGU recebeu provas de que a nota fiscal do fretamento de veículo foi emitida com o nome da pessoa errada. Assim, nesta quinta-feira (19/1), a Advocacia pediu pra excluir o nome de Terezinha dos autos.
No mesmo aditamento que a AGU pede à Justiça Federal para excluir o nome de Terezinha e liberar os bens dela, o órgão solicita que o nome de Sheila Ferrarini seja incluído na investigação, assim como o bloqueio de bens.
Sheila Ferrarini seria quem efetivamente realizou a contratação de transporte e organização para a viagem a Brasília.
Prejuízo
No mesmo documento, a Advocacia-Geral da União (AGU) ampliou o pedido de bloqueio de bens de empresas e participante dos atos de 8 de janeiro. O valor inicial solicitado pela AGU à 8ª Vara Federal de Brasília era de R$ 6,5 milhões. No entanto, o órgão pediu o aumento do montante para R$ 18,5 milhões.
A solicitação visa garantir o ressarcimento à União dos prejuízos causados pela depredação do patrimônio público nos atos antidemocráticos ocorridos no último dia 8 na Praça dos Três Poderes. Até o momento, a AGU identificou pelo menos 52 pessoas e sete empresas que atuaram no financiamento de transportes dos terroristas que atacaram prédios públicos. O pedido de bloqueio de bens de empresários foi feito à Justiça Federal do DF.
A ampliação ocorre após novas informações enviadas à AGU pela Presidência da República e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira informou que os prejuízos causados pela destruição do Palácio do Planalto foram de R$ 7,978 milhões.
O STF, segundo a AGU, contabilizou prejuízo de R$ 5,923 milhões. Assim, somados aos prejuízos da sede do Congresso Nacional, de R$ 6,539 milhões, o valor total para reparação da destruição causada aos prédios do Três Poderes chega a R$ 18,503 milhões.