A pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL), o TCU (Tribunal de Contas da União) mandou que a Braskem e os ministérios da Casa Civil, Minas e Energia e do Meio Ambiente sejam ouvidos em até cinco dias úteis sobre os pagamentos de indenização da empresa petroquímica em acordos com a prefeitura de Maceió.
Além da empresa e das pastas, o Ibama, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Serviço Geológico Brasileiro também serão ouvidos.
Renan Calheiros contesta justamente os valores e a forma do pagamento das indenizações. O ministro do TCU, Arnaldo Cedraz, acolheu o pedido do senador em que alega que os valores são insuficientes (cerca de R$ 20 bilhões) para as proporções do desastre ambiental. Renan também questiona o porquê da AGU (Advocacia-Geral da União) não ter participado dos acordos.
O entorno de Renan viu a decisão como uma vitória. O senador tenta melar o uso do montante pela prefeitura, já que qualquer irregularidade encontrada no acordo pode ser responsável por cancelar a indenização.
O dinheiro, na mão de JHC, prefeito de Maceió, inflama a sua campanha de reeleição, e ele que ser governador em 2026. Para isso precisa de tempo de TV e o apoio do PP de Arthur Lira (PP-AL) é determinante.