Mesmo sendo indicado para pacientes com diabetes, o uso do medicamento injetável Ozempic se popularizou entre as pessoas que desejam perder peso.
Em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou o Wegovy, do mesmo fabricante e também composto por semaglutida. Desta vez, o remédio têm indicação para o tratamento de sobrepeso e obesidade.
A recomendação inicial da semaglutida foi para o tratamento de diabetes porque a substância controla a glicose no sangue. No entanto, o “efeito colateral” de emagrecimento levou a farmacêutica Novo Nordisk a realizar pesquisas com o princípio ativo em outros grupos.
Ação da semaglutida
A endocrinologista Lorena Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que, quando comemos algo, nosso intestino produz uma proteína denominada GLP-1. Essa substância tem várias funções para o organismo e permanece pouquíssimo tempo no sangue.
A semaglutida é uma substância semelhante a GLP-1. “Entre as funções da GLP-1 estão sinalizar ao corpo que já estamos saciados após comer, fazer com que o estômago esvazie mais lentamente e regular as áreas cerebrais relacionadas ao apetite”, diz Lorena.
A endocrinologista ressalta que, como todo medicamento, a semaglutida possui alguns efeitos colaterais, tais como:
- Náuseas;
- Sonolência;
- Diarreia ou prisão de ventre;
- Cansaço;
- Perda de apetite;
- Azia ou má digestão.
Apesar do tempo recorde de aprovação na Anvisa, o Wegovy ainda não está sendo comercializado no Brasil.
Em nota, a Novo Nordisk afirma que está trabalhando junto aos demais órgãos competentes para que ele seja comercializado no país o quanto antes.
A farmacêutica diz ainda que o valor de venda do Wegovy está sendo discutido na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), mas adianta que, assim como o Ozempic, ele só poderá ser adquirido com prescrição médica.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
