Virginia Fonseca: entenda qual é a relação entre cárie e dor de cabeça

Nas redes sociais, Virginia afirmou que foi diagnosticada com um problema nas articulações entre mandíbula e crânio causado por uma cárie

atualizado 30/01/2023 15:49

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Foto colorida | Influenciadora olhando fixamente para a câmera usando joias, óculos e batom vermelho Reprodução: Instagram

Depois de ter recebido, na última sexta-feira (27/1), o diagnóstico de disfunção temporomandibular (DTM), a influenciadora Virginia Fonseca, de 23 anos, compartilhou em seu perfil do Instagram que o quadro foi agravado pelo desenvolvimento de uma cárie.

Em um vídeo, Virgínia diz que a disfunção era a responsável pelas fortes dores de cabeça que sentia. “Fiquei sabendo o quão grave é hoje. Uma cárie que me causou isso”, conta.

“A cárie em um estágio avançado causa perda da estrutura dentária, o que pode levar a uma alteração no fechamento da boca. Na restauração do dente com resina ou prótese, pode acontecer um desnível em relação ao dente original. Essa desigualdade pode afetar a mordida que, por sua vez, vai dificultar o funcionamento das articulações da boca”, explica a odontologista Cynthia Miranda, coordenadora de Odontologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

As articulações temporomandibulares são as ligações entre os pares de ossos do crânio e o maxilar inferior. São duas conexões, uma de cada lado do rosto, bem na frente das orelhas. Os ligamentos, tendões e músculos apoiam as articulações e são responsáveis pelo movimento da mandíbula.

Essas articulações permitem a execução de ações importantes, como mastigação, deglutição, fala e respiração. A disfunção temporomandibular (DTM) é causada por problemas com os músculos, as conexões da mandíbula ou com o tecido fibroso que as une.

“As disfunções são multifatoriais. Não é só a cárie que causa DTM. A sobrecarga da mandíbula, por exemplo, pode causar o mal funcionamento das articulações, o que também é caracterizado como DTM”, esclarece a odontologista.

Sintomas da DTM

  • Fortes dores de cabeça;
  • Dores de ouvido;
  • Dificuldade de mastigar;
  • Dificuldade para falar;
  • O paciente pode ouvir sons de clique/estalo nas articulações da mandíbula;
  • A pessoa pode acordar com apertamento dentário.

Cynthia destaca que, em casos graves, o indivíduo pode precisar fazer cirurgia de reconstrução das articulações devido ao comprometimento ligamentar.

Diagnóstico

A DTM, segundo a odontologista, pode estar ligada à hiperatividade muscular causada pelo apertamento dos dentes — o problema normalmente está relacionado a fatores emocionais, como estresse, ansiedade e bruxismo; mal fechamento da mordida e até alterações posturais.

“O diagnóstico pode ser feito principalmente pela sensação, dor e dificuldade do paciente — a identificação do quadro deve acontecer a partir do relato dele”, esclarece Cynthia.

Quando há suspeita de DTM, outros testes devem ser realizados. O exame de ressonância magnética, por exemplo, é o teste padrão para enxergar se ocorreu desarranjo interno da articulação ou explicar por que a pessoa não está respondendo ao tratamento.

Tratamento

Segundo Cynthia, o bom tratamento para DTM é feito por mais de um profissional. Caso a disfunção esteja ligada à ansiedade e ao estresse, o paciente precisa de acompanhamento psicológico.

Na maior parte dos casos, é preciso usar aparelho oral de plástico com acompanhamento de um dentista. “Em situações graves, aplica-se botox para relaxamento das articulações ou algum mecanismo de lubrificação dessas conexões”, afirma a especialista.

O paciente com DTM pode precisar ainda de fisioterapia, cirurgia, uso de relaxantes musculares e soníferos.

Cárie

Cynthia ressalta a importância de tratar a cárie para impedir a evolução da DTM. As cáries são zonas infectadas por bactérias que perderam substância por conta de um processo que dissolve gradualmente a superfície externa mais resistente do dente, o esmalte, e avança para o interior da estrutura.

“A cárie é um processo infeccioso na boca, e é uma porta de entrada das bactérias para o corpo — elas podem inclusive chegar ao coração. Por isso, é importante evitar as infecções, pois elas podem prejudicar a articulação e causar o desenvolvimento da DTM”, alerta a odontologista.

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