Última chance da década: vacina contra HIV entra na 3ª fase de testes

Estudo é o único que está em fase três, a última necessária para aprovação. Se não funcionar, o desenvolvimento do imunizante pode atrasar

atualizado 28/08/2023 16:45

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Imagem mostra homem negro, o primeiro homem vacinado com a PrEPVacc, recebendo o imunizante Getty Images

Em uma das últimas oportunidades da década de conseguir uma vacina contra o vírus HIV, pesquisadores africanos deram início à fase três de testes do imunizante PrEPVacc, um conjunto de injeções contra o vírus da aids. Esta é a última etapa para a aprovação de uma vacina.

Nos últimos três anos, três outros imunizantes chegaram à essa fase, mas nenhum se provou eficaz em prevenir a infecção pelo vírus. Como o processo de teste e aprovação de vacinas é complicado, caso o PrEPVacc não tenha bons resultados, a comunidade científica duvida que alguma fórmula seja lançada antes de 2030.

A PreEPVacc está sendo testada com 1.513 participantes que se inscreveram no ensaio clínico até março de 2023. Os voluntários têm todos entre 18 e 40 anos e vivem na África do Sul, Uganda ou Tanzânia, países com altas taxas de contágio do HIV.

O desenvolvimento da fórmula foi financiado por instituições europeias, mas cientistas africanos da Medical Research Council/Uganda Virus Research Institute criaram a vacina e os testes também serão feitos apenas na África.

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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

Getty Images
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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

Anna Shvets/Pexels
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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

iStock
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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

iStock
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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

spukkato/iStock
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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

iStock
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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

Joshua Coleman/Unsplash
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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

iStock

Como será o estudo da vacina

O ensaio vai testar quatro doses de duas opções de vacina. Nas etapas anteriores, cada uma delas teve cerca de 30% de eficiência, menor que o mínimo de 50% para aprovação.

Para tentar aumentar a eficácia do imunizante, ele será combinado com um esquema de PrEP de 26 semanas. A PrEP é um tratamento medicamentoso que impede a infecção, mas é preciso uso diário e contínuo do remédio para que funcione.

O estudo deve terminar em 2024. O objetivo é identificar se a forma combinada é capaz de ensinar o corpo a se prevenir a longo prazo do vírus sem precisar da administração diária dos medicamentos. A eficácia da vacina com a PrEP deve atingir, no mínimo, 70%.

“Os participantes do estudo PrEPVacc estão ajudando a ciência a progredir para encontrar um campo de prevenção mais amplo para o HIV e estamos verdadeiramente gratos a cada um deles”, agradece o médico Eugene Ruzagira, diretor dos testes em Uganda.

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