Um estudo publicado na revista Stroke no dia 23 de janeiro sugere que a endometriose, distúrbio responsável pelo crescimento do endométrio fora do útero, pode estar associada ao maior risco de AVC em mulheres.
Para a realização da pesquisa, os cientistas da Academia de Ciências Médicas Militares e do Instituto de Ciências Básicas, ambos na China, analisaram a endometriose genética em um grupo de 521.612 pessoas que tiveram AVC. Entre os participantes, 77.257 mulheres apresentaram alguma variação genética causada pela endometriose.
Os pesquisadores descobriram que a condição foi significativamente associada a um risco aumentado de AVC isquêmico total (causado pela obstrução dos vasos sanguíneos) e cardiometabólico (desencadeado a partir de coágulos formados no coração).
Os riscos de AVC isquêmico foram significativamente aumentados para os subtipos de endometriose do ovário, peritônio pélvico (camada que recobre os órgãos abdominais e pélvicos), septo retovaginal (quando a doença atinge entre a parede posterior da vagina e a porção final do reto) e vagina.
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro
Agência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico
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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC
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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes
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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC
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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados
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A causalidade foi mais significativa para endometriose relacionada à infertilidade e AVC isquêmico cardiometabólico. O neurocirurgião especialista em AVC Victor Hugo Espíndola explica que o estudo é observacional e que ainda não se sabe ao certo o que causa a relação entre as doenças. Por isso, ainda é preciso avançar nas pesquisas.
“A hipótese é que a endometriose deve promover um estado inflamatório que aumenta a formação de trombos e, consequentemente, o risco de um AVC”, afirma Espíndola.
O neurocirugião ensina que a endometriose não deve ser considerada uma doença simplesmente ginecológica e sim uma patologia sistêmica, ou seja, que afeta o corpo todo.
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