Reposição hormonal pode reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

Cientistas da Inglaterra observaram um declínio cognitivo menor entre as mulheres que faziam terapia de reposição hormonal na menopausa

atualizado 19/01/2023 16:43

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Imagem colorida: mulher de meia idade sentada em frente a ventilador - Metrópoles BSIP/UIG/Getty Images

As mulheres que fazem terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa correm menor risco de desenvolver Alzheimer, segundo sugere um estudo publicado na revista Alzheimer’s Research & Therapy. Os benefícios podem ser ainda melhores para as portadoras do gene APOE4, conhecido por aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Os pesquisadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, acreditam que o tratamento com reposição de estrogênio desempenha um papel importante na melhora da memória e é relacionado a maiores volumes cerebrais para as pessoas com o APOE4. O gene está presente em aproximadamente uma em cada quatro mulheres.

Estudo

Para chegar à conclusão, os cientistas analisaram os dados de 1.178 mulheres com mais de 50 anos inscritas no Consórcio Europeu de Prevenção da Demência por Alzheimer, que estuda saúde cerebral a longo prazo. Nenhuma delas tinha histórico de demência no início do programa.

Os pesquisadores observaram resultados de testes cognitivos e volume cerebral registrados por exames de ressonância magnética. As portadoras do gene APOE4 que faziam reposição hormonal para conter os sintomas da menopausa se saíram melhor em testes de memória em comparação às que não fizeram o tratamento. Elas também tinham maiores volumes cerebrais – tamanhos menores são preditivos de risco para Alzheimer.

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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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De acordo com os cientistas, os resultados foram ainda melhores quando a terapia hormonal foi introduzida precocemente, na perimenopausa, fase de transição para a menopausa.

“A notícia importante é que quanto mais cedo, melhor”, afirma a principal autora do estudo, a professora Anne-Marie Minihane, da Norwich Medical School da UEA, em entrevista à BBC Radio 4.

Ensaio clínico

Os pesquisadores lembram que o estudo não confirma a causa e efeito do tratamento, uma vez que a análise foi observacional e feita com dados disponíveis.

A professora Anne-Marie informa que a próxima etapa da pesquisa é um ensaio clínico para comparação de resultados entre mulheres que possuem ou não o gene.

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