Remédio pode silenciar genes relacionados ao Alzheimer, diz estudo

Pesquisadores britânicos conseguiram silenciar genes envolvidos na produção da proteína tau, que está relacionada à doença

atualizado 25/04/2023 16:32

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Ilustração feita pelos pesquisadores da Universidade de Londres mostra a proteína tau, causadora do Alzheimer - Metrópoles Divulgação/UCL

Um estudo publicado nesta segunda-feira (24/04) traz uma nova esperança para o tratamento do Alzheimer. Realizada por cientistas do University College London, a pesquisa obteve bons resultados ao testar um medicamento experimental capaz de silenciar genes responsáveis pela sintetização da proteína tau.

Apesar de as causas do Alzheimer ainda não terem sido completamente explicadas, já se sabe que a tau é uma das proteínas ligadas à doença. Com o passar dos anos, a tau se acumula no cérebro, formando “emaranhados” que atrapalham funções cognitivas como a memória e a concentração.

A pesquisa britânica trouxe uma nova abordagem para o tratamento da doença neurodegenerativa, uma vez que se concentrou em inativar genes relacionados à produção da tau. Antes desse estudo, os tratamentos de ponta se concentravam em fazer uma espécie de “limpeza” removendo proteínas em excesso no cérebro.

“Os resultados são um grande avanço no combate ao Alzheimer. Estamos mais próximos de ter uma droga que possa diminuir e até reverter a progressão da doença”, afirmou a médica Catherine Mummery, em entrevista ao site da University College London, instituição responsável pelo estudo.

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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Metodologia

Os resultados da fase 1 do estudo foram publicados na Nature Medicine. Eles foram obtidos a partir de exames de imagem de 46 pacientes que usaram o remédio experimental ou um placebo. Os pacientes que receberam o remédio tiveram uma redução aproximada de metade da concentração da proteína tau 24 semanas depois de receber a medicação.

O medicamento foi administrado em três doses com injeções diretamente no sistema nervoso dos voluntários em intervalos de quatro semanas. Os resultados preliminares mostram que o remédio não teve efeitos colaterais graves observados além de leves dores de cabeça.

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