A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, deve autorizar, nesta quinta-feira (6/7), a distribuição do primeiro medicamento comprovadamente eficaz no combate ao Alzheimer.
O lecanemab, que será vendido como o nome de Leqembi, levou a uma redução de 27% da taxa de declínio cognitivo de pacientes com Alzheimer em estágio inicial.
Enquanto os tratamentos anteriores combatiam sintomas da doença, o Leqembi age especificamente em sua causa e desacelera o declínio cognitivo. Embora não represente uma cura para a condição, as medicação faz o progresso ser bem mais lento. As aplicações são feitas por via intravenosa a cada duas semanas.
O remédio havia sido uma aprovado em janeiro, usando evidências de seu impacto em pacientes com Alzheimer em estágio inicial. As associações de planos de saúde dos EUA, no entanto, pediram uma revisão da decisão para poder se prepararem para os custos de distribuir a medicação aos seus assegurados.
O Leqembi deve ser vendido a 26,5 mil dólares, quase 130 mil reais o conjunto de doses necessárias para um ano de tratamento. A medicação desenvolvida pela farmacêutica japonesa Eisa em parceria com a americana Biogen.
Como o remédio combate o Alzheimer?
O remédio está aprovado apenas para pessoas que têm um diagnóstico recente da doença, ou seja, pacientes com uma farta quantidade de proteínas amilóides saudáveis em seu cérebro. Estas células são debilitadas e destruídas com o avanço do Alzheimer e o Leqembi ajuda a preservá-las por mais tempo.
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas
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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida
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O remédio, no entanto, apresenta efeitos colaterais perigosos e, em cerca de 13% dos pacientes que participaram das fases finais de estudo, ele levou a um crescimento inesperado do cérebro.
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