Probióticos: veja como alimentos ajudam a prevenir câncer de intestino

Produtos com microrganismos vivos podem contribuir para a saúde ao melhorar a microbiota intestinal e reduzir as inflamações do corpo

atualizado 05/07/2023 19:12

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Imagem mostra mulher sentada em cima de bancada de cozinha comendo iogurte - Metrópoles Getty Images

Os probióticos estão de volta à moda, com centenas de vídeos em redes sociais nos quais pessoas recomendam a inclusão deles na dieta. Além dos benefícios nutricionais, os influenciadores estão defendendo que eles são capazes de evitar o câncer de intestino.

De acordo com o oncologista Leandro Ramos, do grupo Oncomed, de Belo Horizonte, os probióticos realmente colaboram para a proteção do sistema digestivo e podem ajudar a prevenir algumas manifestações de câncer. O poder está na capacidade deles de reduzirem inflamações no organismo.

“Evitar inflamações é fundamental para prevenir tumores no intestino. As inflamações crônicas e repetidas lesionam os tecidos dos órgãos e podem levar ao câncer. Os probióticos são importantes para equilibrar a flora intestinal”, comenta Ramos.

O que são os probióticos?

Os probióticos são alimentos que contém microrganismos vivos. Em geral, as bactérias benéficas presentes nos probióticos são produzidas em processos de fermentação. Alguns exemplos de alimentos desse tipo são coalhadas, kombuchas e leites fermentados.

kombucha
As bebidas de kombucha também são consideradas probióticas

“Os probióticos melhoram a qualidade da microbiota intestinal, ajudando a equilibrar as bactérias que vivem em nosso intestino. A microbiota, entre outras coisas, está relacionada ao sistema imune e, quando ele está bem, as coisas vão bem de um modo geral”, aponta Ramos.

Os probióticos também têm benefícios apontados no combate a outras doenças. Um artigo publicado na revista de Ciência & Saúde Coletiva apontou como promissor o potencial anti-inflamatório desses alimentos no alívio de quadros de depressão, ansiedade e estresse. Outras pesquisas mostraram que alguns lactobacilos podem contribuir no tratamento contra a obesidade.

Alimentação de pacientes em tratamento

O oncologista Leandro Ramos também destaca os benefícios desses alimentos no tratamento de pacientes oncológicos. “Vários estudos clínicos mostram que eles aceleram a recuperação dos pacientes, mas precisam ser receitados pelo médico no momento certo”, completa.

Segundo Ramos, os probióticos só devem ser incluídos na dieta do paciente após avaliação médica, uma vez que podem ser contraindicados no início do tratamento. Isso ocorre porque as bactérias boas presentes neles podem colonizar o corpo e entrar na corrente sanguínea, provocando infecções.

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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Cuidados na hora de escolher

Nem todos alimentos descritos como probiótiocos, efetivamente o são. Ou seja, é preciso que haja a ação de bactérias vivas e benéficas para enquadrar o alimento na categoria.

Um produto com microrganismos vivos deve apresentar na embalagem a quantidade por ml ou por grama de bactérias, uma medida internacional conhecida como UFC. Esta unidade mostra o crescimento esperado das bactérias em ambientes controlados.

Há uma série de determinações estritas da Anvisa para serem cumpridas antes que um produto possa ser vendido como probiótico, inclusive sendo necessária a comprovação de segurança para consumo humano.

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