Pesquisa explica por que as pessoas engordam de novo após emagrecer

A dopamina está por trás do reganho de peso após o emagrecimento, segundo pesquisa publicada na Nature Metabolism nesta segunda-feira (12/6)

atualizado 12/06/2023 20:49

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foto de criança com obesidade - Metrópoles Editoria de Arte/Metrópoles

Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Amsterdã (UMC), na Holanda, afirmam ter descoberto por que a maioria das pessoas recupera o peso perdido logo após uma dieta bem-sucedida para emagrecer.

A dopamina está por trás do reganho de peso, segundo mostra a pesquisa publicada, nesta segunda-feira (12/6), na revista Nature Metabolism. O neurotransmissor está envolvido nos sentimentos gratificantes relacionados à ingestão de alimentos.

Os autores do estudo explicam que sensação de saciedade relacionada à alimentação depende de uma integração entre sinais metabólicos e neuronais – ou seja, cérebro, intestino e transporte de nutrientes no sangue estão envolvidos nesse processo. Essa rede desencadeia sensações de fome e saciedade, regula a ingestão de alimentos e a motivação para buscar comida.

De acordo com os pesquisadores, as respostas cerebrais diminuem em pessoas com obesidade – a rede não consegue ativar o mecanismo de saciedade. E mesmo após a perda de peso, é difícil recuperar o funcionamento normal, o que pode afetar o comportamento alimentar.

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A utilização de remédios, chás para emagrecer e diuréticos sem prescrição médica pode ocasionar efeitos colaterais e gerar consequências irreversíveis e, até mesmo, fatais

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Alguns famosos medicamentos são comercializados legalmente e sem a necessidade da retenção de receita. No entanto, não significa que sejam seguros ou eficazes. Pessoas com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou hepatite A, alergias ou que tomam outras medicações podem ter sérios problemas, mesmo com os emagrecedores mais “naturais”

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Por isso, só devem ser consumidos quando há indicação médica. Entre os riscos do uso indiscriminado estão dependência química, efeito sanfona e alterações gastrointestinais, cardíacas e renais

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A maioria desses remédios age em receptores cerebrais, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade. Alguns também agem como diuréticos, auxiliando na eliminação de líquidos corporais

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Especialistas alertam que, além de chás e ervas não funcionarem no emagrecimento, as substâncias podem ser tóxicas para o fígado e para os rins, que são os dois órgãos do corpo responsáveis pela metabolização e excreção de substâncias e medicamentos

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Os diuréticos são medicamentos que causam aumento do volume de urina e perda urinária de eletrólitos como: potássio, sódio e magnésio, além de água. Quando consumidos em excesso causam desidratação, reduzem a pressão arterial e podem causar arritmias cardíacas

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Os especialistas alertam para o perigo de comprar produtos na internet com promessas milagrosas de emagrecimento. Para quem precisa emagrecer, a melhor opção é buscar tratamento médico

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Durante o processo de emagrecimento é preciso mudar o estilo de vida e os hábitos. Por isso, é importante ser orientado por especialistas de educação física, endocrinologistas e nutricionistas

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Pesquisa estudou dopamina

O estudo contou com 60 voluntários adultos– 30 pessoas com peso corporal considerado saudável e 30 com obesidade. Eles receberam infusões no estômago de carboidrato, gordura e água e tiveram as atividades cerebrais e a quantidade de dopamina medidas durante o experimento.

Os indivíduos com obesidade liberaram menos dopamina em uma área do cérebro importante para a motivação voltada à ingestão de alimentos em comparação com pessoas com peso corporal saudável. Elas também demonstraram uma resposta menor na atividade cerebral.

Os pesquisadores apontaram que, mesmo aqueles que perderam de 10% do peso corporal após uma dieta de 12 semanas, não conseguiram restaurar as respostas cerebrais aos patamares considerados normais.

“No geral, essas descobertas sugerem que a detecção de nutrientes no estômago e intestino e/ou de sinais nutricionais é reduzida na obesidade e isso pode ter consequências profundas para a ingestão de alimentos”, afirma a professora de endocrinologia da UMC Mireille Serlie, principal autora do estudo.

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