Pessoas que tiveram Covid têm risco aumentado para sintoma cardíaco

Pesquisadores do Intermountain Healthcare, nos EUA, alertam para sintoma bastante comum depois da Covid-19

atualizado 06/03/2023 11:51

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Imagem colorida: homem com as duas mãos sobre o peito - Metrópoles Canva

Um estudo feito nos Estados Unidos mostra que as pessoas recuperadas da Covid-19 correm maior risco de sentirem dores no peito até um ano após a infecção do coronavírus. Os sintomas associados à Covid longa podem afetar qualquer pessoa, independentemente da gravidade da doença.

A descoberta feita por médicos do Intermountain Healthcare, em Salt Lake City, foi apresentada nesse domingo (5/3), na Conferência Científica de 2023 do American College of Cardiology, em Nova Orleans.

Para chegar ao resultado, foram analisados os históricos médicos de aproximadamente 150 mil pacientes com sintomas cardiovasculares tratados no Intermountain Healthcare. Os pesquisadores compararam os pacientes com outros dois grupos com quadros distintos:

  • Pessoas com 18 anos ou mais que testaram positivo para Covid-19 e foram tratadas em ambulatório entre março de 2020 e dezembro de 2021;
  • Pacientes com teste negativo para a Covi19 com a mesma faixa etária do primeiro grupo, atendidos no centro de saúde no mesmo período;
  • E pacientes atendidos entre janeiro de 2018 e agosto de 2019, como grupo de controle, para contabilizar como os pacientes acessaram cuidados de saúde diferentes durante a fase crítica da pandemia.

Entre as pessoas que tiveram Covid-19, o risco de sentir dores no peito foi de 23% nos seis primeiros meses após a infecção e de 19% em até um ano, em comparação com as sem histórico da doença. A diferença é ainda maior quando confrontada com o grupo controle, chegando a 59% para ambos os períodos. Não foi observado aumento na recorrência de outros eventos cardiovasculares.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Problemas cardiovasculares

Os pesquisadores temem que o sintoma possa levar a problemas cardiovasculares no futuro e sugerem que os pacientes que ficaram com sequelas pós-Covid façam check-ups constantes.

“Embora não tenhamos observado nenhuma taxa significativa de eventos graves, como ataque cardíaco ou derrame em pacientes que tiveram uma infecção inicial leve, descobrimos que as dores no peito são um problema persistente, que pode ser um sinal de futuras complicações cardiovasculares”, afirma a cardiologista epidemiologista do Instituto do Coração Intermountain e principal autora do estudo, Heidi May.

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