Parkinson: cientistas estudam novo método para diagnóstico precoce

Programa de inteligência artificial é testado para identificar alterações na fala dos pacientes com Parkinson precocemente

atualizado 30/01/2023 16:03

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Cientistas da Universidade de Tecnologia de Kaunas, na Lituânia, estão desenvolvendo um novo método para facilitar o diagnóstico precoce de Parkinson a partir da fala. As alterações da fala são conhecidas como um dos sintomas característicos da doença e a estratégia poderia contribuir com o início antecipado do tratamento.

Os sinais marcantes da doença, como rigidez muscular, tremores e problemas de equilíbrio, costumam aparecer depois que 80% das células nervosas do cérebro são perdidas. As dificuldades na fala podem surgir ainda no estágio inicial da doença, com o tom de voz mais baixo, fala lenta e mais fragmentada, e menor expressão, explicam os pesquisadores.

Diagnóstico

Atualmente, o diagnóstico de Parkinson é feito a partir do histórico clínico do paciente e por exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou maneira de prevenir a doença neurodegenerativa.

No estudo lituano, os pesquisadores usaram inteligência artificial para estudar amostras de fala de 104 pessoas, sendo 61 pacientes com Parkinson e 43 voluntários saudáveis. Todos gravaram a voz em uma cabine acústica e um algoritmo foi usado para processar as gravações e analisar as diferenças.

“Não estamos criando um substituto para o exame de rotina do paciente. Nosso método é projetado para facilitar o diagnóstico precoce da doença e rastrear a eficácia do tratamento”, afirma o professor e cientista de dados Rytis Maskeliūnas. Ele acredita que os avanços tecnológicos facilitarão a análise do quadro.

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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images
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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Parkinson

O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos do paciente. Ele ocorre por causa da degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina, responsável pela condução das correntes nervosas por todo o corpo.

A diminuição ou a falta da dopamina afeta a função motora, assim como a função das cordas vocais, do diafragma e dos pulmões.

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