Cerca de 25% dos pacientes em coma têm consciência, diz estudo

Pesquisadores defendem que alguns pacientes conseguem ouvir e compreender comandos, mas não respondem a estímulos por lesões no cérebro

atualizado 17/10/2023 14:14

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KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY, Getty Images

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram que cerca de 25% dos pacientes que estão internados em coma conseguem ouvir e compreender comandos verbais, ou seja, têm consciência do seus arredores apesar de não responderem a estímulos.

O estudo, publicado em agosto na revista Brain, mostra que indivíduos com dissociação motora cognitiva (CMD), também conhecida como “consciência oculta”, tinham estruturas cerebrais relacionadas com a excitação e compreensão de ordens intactas.

“Vimos que todos os pacientes com CMD apresentavam problemas nas regiões cerebrais responsáveis ​​pela integração de comandos motores, os impedindo de agir de acordo com o desejado”, explica o neurologista e autor do estudo, Jan Claassen. “Nossa pesquisa sugere que os indivíduos com consciência oculta podem ouvir e compreender comandos verbais, mas não conseguem executar essas ordens devido a lesões nos circuitos cerebrais que transmitem instruções do cérebro para os músculos“, complementa.

Os pesquisadores da consciência oculta Qi Shen, à esquerda, Angela Velasquez, centro, e Jan Claassen
Os pesquisadores que investigaram a consciência oculta nos pacientes em coma: Qi Shen, à esquerda, Angela Velasquez, centro, e Jan Claassen

Como foi feito o estudo?

A pesquisa avaliou 107 pacientes que estavam em coma nos Estados Unidos para avaliar suas atividades cerebrais. Deles, 21 foram identificados como pessoas com CMD.

Foram feitos vários exames de ressonância, onde os indivíduos foram expostos a comandos constantes como “continue abrindo e fechando a mão direita”. Nos pacientes com consciência oculta, o cérebro responde à ordem, embora não se observe movimentação do corpo.

Em geral, essas pessoas entraram em estado de lesão cerebral intensa após traumatismos cranioencefálicos, hemorragias cerebrais ou paradas cardíacas.

A realização de exames de ressonância repetitivos, porém, têm altos custos. Devido à complexidade técnica, a maioria dos pacientes com consciência oculta permanece sem diagnóstico.

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