Ozempic: farmacêutica alerta para desabastecimento do remédio

O Ozempic é indicado para o tratamento da diabetes tipo 2, mas tem sido usado de forma off label para o emagrecimento

atualizado 04/04/2023 16:16

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Aplicador e ampola do remédio Ozempic nas mãos de uma pessoa - Metrópoles Divulgação

O aumento da procura pelo Ozempic resultou na escassez da versão do medicamento de 1mg nas farmácias brasileiras, segundo a fabricante Novo Nordisk. Os pacientes inscritos no programa NovoDia, que acompanha os usuários do remédio, estão sendo alertados pela empresa com uma mensagem de texto sobre a possível falta do medicamento.

“NovoDia: Lamentamos informar que o Ozempic 1mg pode estar em falta nas farmácias. Mas não se preocupe, existem outras opções da mesma classe terapêutica. Para manutenção do seu tratamento, consulte seu médico”, diz o aviso da Novo Nordisk aos consumidores.

Uso “off label”

O Ozempic tem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da diabetes tipo 2. No entanto, tem sido indicado com frequência por médicos na forma “off label” para o tratamento da obesidade e sobrepeso, aumentando a demanda.

Em nota, a Novo Nordisk informou que tomou conhecimento de uma possível falta da versão de 1mg de Ozempic FlexTouch no Brasil durante o primeiro trimestre de 2023. A empresa atribui a escassez a “uma demanda muito maior do que a prevista”, mas não confirma que a redução dos estoques esteja vinculada ao uso “off label”.

“Não é possível rastrear a finalidade de uso do produto pelo paciente. Entretanto, salientamos que Ozempic é indicado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado. Como um fornecedor responsável, só podemos recomendar o uso de nossos medicamentos em suas indicações aprovadas e de acordo com a prescrição médica”, afirma.

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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Reabastecimento

A Novo Nordisk informa que comunicou a Anvisa sobre restrições de fornecimento do produto em fevereiro, quando tomou conhecimento do aumento da procura. O reabastecimento de distribuidores, atacadistas e farmácias deve ser normalizado dentro de três meses.

Enquanto os estoques não são reabastecidos, os pacientes com diabetes tipo 2 devem buscar outro tratamento da mesma classe (análogos de GLP-1) indicado por seu médico de referência.

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