Cerca de 11,5 mil mortes por Covid-19 foram confirmadas em todo o mundo na primeira semana de janeiro. A maioria delas se concentrou nos países das Américas, segundo informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira (11/1).
Do total de mortes relatadas à OMS na última semana, 40% ocorreram nas Américas, 30% na Europa e 30% na região do Pacífico Ocidental.
Ghebreyesus lembrou que, desde fevereiro de 2022, quando o mundo sofreu os primeiros impactos da circulação da variante Ômicron do coronavírus, o número de mortes semanais caiu aproximadamente 90%. Mas, desde meados de setembro, aproximadamente 10 mil a 14 mil pessoas morrem todas as semanas pela doença.
“Continuamos a pedir a todos os países que se concentrem na vacinação total dos grupos de maior risco, especialmente os idosos. E continuamos a pedir a todas as pessoas que tomem as precauções apropriadas quando necessário para proteger a si e aos outros”, pediu o líder da OMS.
Idosos morrem mais
Os indivíduos mais vulneráveis à infecção de coronavírus, especialmente os idosos, ainda são os que mais morrem pela doença. Nos últimos seis meses de 2022, as pessoas com 65 anos ou mais representaram cerca de 90% de todas as mortes relatadas globalmente.
Mas os diretores da OMS afirmam que falta clareza nos dados. Segundo Ghebreyesus, apenas 53 dos 194 países fornecem informações sobre mortalidade por Covid-19 com detalhamento de idade e sexo dos pacientes.
“Ao entrarmos no quarto ano desta pandemia, pedimos a todos os países que forneçam esses dados. Quanto mais dados tivermos, mais claro será o quadro”, afirma.
Sequenciamento do vírus
Durante toda a pandemia, testes e sequenciamento do vírus contribuíram com o rastreamento dele para entender suas características e comportamento na população, bem como na progressão para o surgimento de novas variantes.
Entretanto, desde o pico da variante Ômicron, o número de sequenciamentos compartilhados caiu mais de 90% e o número de países que compartilham essas informações foi reduzido a dois terços.
“O mundo não pode fechar os olhos e esperar que esse vírus desapareça. Ele não vai”, afirma Ghebreyesus. “O sequenciamento continua sendo vital para detectar e rastrear o surgimento e a disseminação de novas variantes, como XBB.1.5”, continuou.
Os diretores da OMS pedem que os países que vivem a transmissão intensa do vírus aumentem sua capacidade de sequenciamento e se comprometam em compartilhar informações para garantir que seus sistemas de saúde estejam preparados para atender a novas emergências.
“É importante entender onde está o vírus e qual está circulando”, afirma Sylvie Briand, chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da OMS.
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