OMS: países das Américas concentram a maioria das mortes por Covid

Aproximadamente 40% das mortes por Covid ocorrem nas Américas. OMS pede que países façam sequenciamento do vírus e enviem informações

atualizado 11/01/2023 13:46

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Imagem colorida: diretor da OMS sentado em frente a painel - Metrópoles Zoom/ Reprodução

Cerca de 11,5 mil mortes por Covid-19 foram confirmadas em todo o mundo na primeira semana de janeiro. A maioria delas se concentrou nos países das Américas, segundo informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira (11/1).

Do total de mortes relatadas à OMS na última semana, 40% ocorreram nas Américas, 30% na Europa e 30% na região do Pacífico Ocidental.

Ghebreyesus lembrou que, desde fevereiro de 2022, quando o mundo sofreu os primeiros impactos da circulação da variante Ômicron do coronavírus, o número de mortes semanais caiu aproximadamente 90%. Mas, desde meados de setembro, aproximadamente 10 mil a 14 mil pessoas morrem todas as semanas pela doença.

“Continuamos a pedir a todos os países que se concentrem na vacinação total dos grupos de maior risco, especialmente os idosos. E continuamos a pedir a todas as pessoas que tomem as precauções apropriadas quando necessário para proteger a si e aos outros”, pediu o líder da OMS.

Idosos morrem mais

Os indivíduos mais vulneráveis à infecção de coronavírus, especialmente os idosos, ainda são os que mais morrem pela doença. Nos últimos seis meses de 2022, as pessoas com 65 anos ou mais representaram cerca de 90% de todas as mortes relatadas globalmente.

Mas os diretores da OMS afirmam que falta clareza nos dados. Segundo Ghebreyesus, apenas 53 dos 194 países fornecem informações sobre mortalidade por Covid-19 com detalhamento de idade e sexo dos pacientes.

“Ao entrarmos no quarto ano desta pandemia, pedimos a todos os países que forneçam esses dados. Quanto mais dados tivermos, mais claro será o quadro”, afirma.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Sequenciamento do vírus

Durante toda a pandemia, testes e sequenciamento do vírus contribuíram com o rastreamento dele para entender suas características e comportamento na população, bem como na progressão para o surgimento de novas variantes.

Entretanto, desde o pico da variante Ômicron, o número de sequenciamentos compartilhados caiu mais de 90% e o número de países que compartilham essas informações foi reduzido a dois terços.

“O mundo não pode fechar os olhos e esperar que esse vírus desapareça. Ele não vai”, afirma Ghebreyesus. “O sequenciamento continua sendo vital para detectar e rastrear o surgimento e a disseminação de novas variantes, como XBB.1.5”, continuou.

Os diretores da OMS pedem que os países que vivem a transmissão intensa do vírus aumentem sua capacidade de sequenciamento e se comprometam em compartilhar informações para garantir que seus sistemas de saúde estejam preparados para atender a novas emergências.

“É importante entender onde está o vírus e qual está circulando”, afirma Sylvie Briand, chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da OMS.

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