MDMA: ecstasy melhora conexão de paciente com terapeuta, sugere estudo

Pesquisadora diz que as conexões sociais geradas durante o uso do MDMA (ecstasy) podem ser benéficas no tratamento de doenças psiquiátricas

atualizado 03/10/2023 20:52

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Foto mostra homem oferecendo comprimidos de ecstasy MDMA Getty Images

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Chicago (UChicago), nos Estados Unidos, sugere que o uso do MDMA pode ser benéfico como complemento da psicoterapia tradicional no tratamento de doenças psiquiátricas.

O MDMA, conhecido como ecstasy ou “droga do amor”, é uma substância alucinógena que causa estados de delírio e de ampliação dos sentidos, frequentemente usada em festas. A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports em 22 de setembro.

“Quando vemos que uma droga como o MDMA é usada em um ambiente recreativo, pode ser porque as pessoas acreditam que isso as torna mais ligadas. Como investigadores, estamos interessados em saber que componentes psicológicos estão envolvidos”, afirma a professora de Psiquiatria e Neurociência Comportamental na UChicago Harriet de Wit, autora sênior da pesquisa, em um comunicado divulgado no site da instituição.

Uso de MDMA em ambiente controlado

O estudo de Harriet foi feito com adultos saudáveis. Durante algumas sessões realizadas em um ambiente controlado, todos os participantes receberam uma dose de 100 mg de MDMA em cápsula ou um placebo.

Depois de usar a substância, eles foram estimulados a iniciar uma conversa com um desconhecido sobre temas superficiais pré-definidos, como programas de TV ou feriados favoritos. Ao final, os participantes deveriam avaliar as qualidades da outra pessoa e a conversa.

Amostras de saliva foram coletadas para medir os níveis de ocitocina gerados durante a interação. A ocitocina é conhecida também como o hormônio do amor por estimular o bem-estar e os laços sociais.

Imagem colorida: pílulas de ecstasy, conhecido como MDMA - Metrópoles
Ecstasy, conhecido como MDMA, foi usado em sessões controladas

Quando os participantes receberam MDMA, eles apresentaram níveis mais altos de ocitocina. Os voluntários relataram ter se sentido significativamente mais conectados com seus parceiros de conversa e tiveram sentimentos mais positivos sobre aquela pessoa em comparação a quando usaram o placebo.

Os pesquisadores acreditam que o uso do MDMA nos consultórios pode aumentar a conexão entre paciente e terapeuta, fazendo com que o indivíduo se sinta mais confortável para explorar suas emoções.

“Tudo o que vimos com o MDMA em estudos laboratoriais controlados sugere que seus efeitos facilitariam a psicoterapia e melhorariam o processo”, considera Harriet.

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