Inflamação no cérebro pode dar vontade de comida gordurosa, diz estudo

Médicos canadenses apontaram que um tipo de inflamação no cérebro faz com que se aumente o apetite, especialmente por comida com gordura

atualizado 18/07/2023 19:15

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Foto mostra pote de batata frita acompanhado com um ketchup - Metrópoles Getty Images

Há momento em que o cérebro parece implorar por uma batata frita ou um prato cheio de gordura. De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas canadenses e publicada nessa segunda-feira (17/7) na revista PNAS, a vontade pode ter a ver com uma série de inflamações no cérebro que levam à fome compulsiva e ao desejo específico por opções gordurosas.

O estudo da Universidade de Newfoundland mostrou que inflamações no hipotálamo parecem estar ligadas ao problema e, para piorar, quanto mais gordura a pessoa consome, mais essa zona do cérebro se inflama e maior é o desejo por alimentos que geram um acúmulo de peso rápido, e, assim, cria-se o ciclo vicioso da obesidade.

A pesquisa, feita com ratos modificados com hormônios humanos, descobriu que o hipotálamo é alterado quando há inflamações no cérebro. Ele é responsável por secretar o hormônio concentrador de melanina (MCH), encarregado de aumentar a fome e reduzir o gasto energético. Esta substância é feita para o corpo se preparar para períodos de escassez e acumular energia, como um urso se preparando para hibernar.

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Uma das principais queixas do ser humano, a gordura abdominal pode ser um grande fator de risco para diabetes e problemas no coração. Apesar de parecer algo difícil de resolver, com pequenas mudanças de hábito, a situação melhora e, de quebra, ainda ajuda a aumentar a saúde e a expectativa de vida

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Realizar exercícios físicos, por exemplo, é um dos segredos para diminuir a quantidade de gordura na barriga e evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para viver e envelhecer melhor

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Exercícios de alta intensidade e cardio ajudam a queimar as gorduras indesejadas no abdômen e melhoram o condicionamento físico. De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS One, um minuto de exercícios intensos traz mudanças respiratórias e metabólicas equivalentes a fazer uma hora de atividade de baixa intensidade

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Evitar o consumo de álcool também pode fazer toda a diferença para quem deseja perder aquela barriguinha. Segundo especialistas, o indicado é ingerir álcool de forma controlada, já que o exagero é um dos fatores causadores do acúmulo de gordura visceral

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Não é de hoje a afirmação que dormir bem é essencial para o emagrecimento. Desta vez, no entanto, a afirmativa foi publicada na revista médica JAMA Network. No estudo, cientistas alegam que melhorar a duração adequada do sono pode reduzir o peso e evitar problemas relacionados ao sobrepeso

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Beber mais água é uma boa estratégia para ajudar quem está querendo diminuir a circunferência da barriga. E não apenas porque a água não tem calorias e ajuda a manter o estômago cheio, mas também porque ela colabora para o funcionamento do metabolismo e o processo de queima de calorias

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Quem deseja perder gordura abdominal também deve diminuir o consumo de açúcar, pois quando ingerido em excesso, vira gordura armazenada na região. Manter uma alimentação balanceada, portanto, é importante para acelerar o metabolismo e favorecer a queima de gordura acumulada no órgão

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Alimentar-se com fibras também é importante para queimar a gordura na região da barriga. Isso porque uma dieta rica em fibras ajuda o intestino a funcionar melhor, diminuindo, dessa forma, o inchaço na região

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De acordo com especialistas, o controle do estresse é outro ponto de muita importância para a perda da gordura corporal. Isso porque o estresse pode ser um gatilho para a compulsão alimentar, além de atrapalhar o sono. Atividades como caminhadas, meditação, esportivas ou leituras podem ajudar no controle do problema

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Interação perigosa cria desejo por gordura

Segundo os pesquisadores, quando comemos alimentos gordurosos, eles criam pré-inflamações que ativam níveis pequenos de prostaglandina-E2, substância que, entre outras funções, combate os processos inflamatórios. Mesmo em pequenas quantidades, ao chegar ao hipotálamo, ela leva a uma ativação do MCH.

Ou seja, é como se o corpo se sentisse doente e por isso ativa o módulo de acúmulo de energia. Mas com o hormônio circulando, há mais desejo por gordura e, consequentemente, vai se formando uma cadeia de ganho de peso.

Os cientistas recomendam que se adote dietas anti-inflamatórias para diminuir esta interação entre as substâncias do cérebro — ambas desempenham múltiplas funções no corpo e não poderiam ser apenas eliminadas para o emagrecimento.

O mesmo grupo de cientistas já havia publicado, em fevereiro, na revista Obesity, um estudo que mostrava como as pessoas obesas têm dificuldade de equilibrar os níveis de colesterol, o que leva a uma resistência na perda de peso.

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