HV.1: o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus

A variante HV.1 é dominante nos Estados Unidos e já foi encontrada em outros países incluindo Canadá, Reino Unido e parte da Europa

atualizado 07/11/2023 10:43

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Uma nova variante do coronavírus se espalha em ritmo acelerado nos Estados Unidos. Dados do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA mostram que a HV.1 já representa a maioria dos casos de Covid-19 no país, ultrapassando a EG.5, dominante até então.

“Trata-se de mais uma linhagem que continua a escalada continuada de potencial de maior transmissibilidade para o vírus”, afirma o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

A HV.1 surgiu nos Estados Unidos no segundo semestre deste ano. Casos de Covid-19 provocados por ela também foram notificados no Canadá, Reino Unido, na região do Caribe e em países da Europa. Não há casos registrados no Brasil.

O espalhamento rápido leva pesquisadores a acreditarem que a variante tem alta capacidade de transmissão, mas ainda não há dados que demonstrem maior potencial de causar doença grave ou mortes após a infecção.

“O que se pode inferir até o momento pela dispersão rápida nos EUA é a possível transmissibilidade mais alta. Ainda não há relatos associados ao incremento na gravidade da doença”, diz Spilki.

A HV.1 é uma variante derivada da linhagem XBB.1.9, da Ômicron. Ela é caracterizada por uma mutação denominada S704L na proteína spike, explica Spilki. “Ela surgiu dentro do grande grupo de recombinantes que se originou da Ômicron”, afirma.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Outras variantes

Além da HV.1, os virologistas também estão de olho em outras duas variantes: BA.2.86 e JN.1. Elas ainda representam apenas uma pequena parcela dos casos, mas chamam atenção pelo alto número de mutações encontradas.

Spilki considera importante mantermos a vigilância genômica e os sistemas de vacinação atualizados para evitar novos surtos.

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