Existe alergia ao leite materno? Entenda caso raro de bebê do DF

Não existe registro de alergia ao leite materno. No entanto, em casos raríssimos, o bebê pode reagir a um dos alimentos ingeridos pela mãe

atualizado 27/04/2023 18:32

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Mãe amamenta bebê em foto em que não se vê o rosto de nenhum dos dois- Metrópoles Westend61/Getty Images

Não existem registros de qualquer tipo de alergia ao leite materno. No entanto, em cerca de 0,5% dos casos, o bebê pode reagir a um dos alimentos que fazem parte da dieta da mãe.

No DF, um caso assim aconteceu recentemente, e os médicos vão apresentá-lo nesta sexta-feira (28/4) no Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde, promovido pelo Hospital da Criança.

“O bebê apresentou os primeiros sintomas ainda durante a amamentação, mas o que a criança manifesta não é uma alergia ao leite materno, mas às proteínas que fazem parte da dieta da mãe que passam para a criança durante a amamentação”, afirma a gastropediatra Renata Seixas. Ela foi uma das responsáveis pelo paciente, ao lado do gastropediatra José Tenório.

Os sintomas apresentados pela criança e a adaptação na dieta da mãe foram fundamentais para fechar o diagnóstico. O bebê tinha refluxo e sangue nas fezes. “Em casos nos quais há rajas de sangue nas fezes de um bebê, é importante avaliar a possibilidade de alergia ao leite”, sugere José Tenório.

A avaliação de alergias ao leite de vaca manifestadas durante o aleitamento deve ser feita sempre junto a um pediatra. “O aleitamento materno deve ser sempre estimulado, pois o leite materno é justamente um dos fatores que protege o paciente contra o desenvolvimento das alergias alimentares”, afirma Renata Seixas. “A amamentação leva ao desenvolvimento de uma microbiota saudável interferindo de maneira positiva na resposta imunológica da criança”, completa.

Após o leite ter sido cortado da alimentação da mãe, a criança não apresentou mais os sintomas. Um tempo depois, o alimento foi incluído na dieta da criança como ingrediente em receitas de bolos e pães, e ela parecia não ter mais o problema.

Com o tempo, porém, notou-se que a criança apresentava um crescimento abaixo do esperado. “A alergia voltou silenciosamente, parando o crescimento da criança e deixando ela com um peso abaixo do indicado para a idade”, aponta Renata Seixas.

Após a suspensão definitiva do leite de vaca da dieta da criança, que hoje tem 3 anos, os médicos observaram uma regularização no peso e na altura.

Restrições alimentares

Os médicos, porém, orientam que os pais não façam restrições alimentares por conta própria. Para os especialistas, é importante que as alterações de dieta sejam orientadas pelos profissionais de saúde.

“Não diagnosticar uma alergia pode ter consequências graves, mas identificar alergias onde elas não existem é um erro”, diz Renata.

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