Europa e Turquia têm surto de botulismo depois de “botox gástrico”

Ao todo, 67 casos de botulismo foram registrados. Todos os pacientes fizeram procedimentos para perda de peso com toxina butolínica

atualizado 22/03/2023 19:39

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Imagem ilustrativa em fundo rosa das bactérias Clostridium botulinum - Metrópoles GettyImages

A Turquia e alguns países da Europa, como Alemanha, Áustria e Suíça, registraram vários casos de contaminação pela bactéria causadora do botulismo na última semana. Os pacientes infectados foram submetidos a um procedimento médico para perder peso em hospitais turcos.

Ao todo, 67 casos já foram contabilizados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), com a maioria dos casos no país do Oriente Médio. Ainda não foi relatada nenhuma morte, mas alguns quadros graves estão sendo tratados em unidades de terapia intensiva.

O botulismo é uma doença grave provocada pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada geralmente em alimentos enlatados, no solo e fezes humanas ou de animais. Os casos mais leves se manifestam com visão turva ou dupla, diarreia, náuseas e fala arrastada. No entanto, a contaminação pela bactéria pode provocar falta de ar e dificuldade para engolir e até levar à morte.

A bactéria ganhou destaque nos últimos anos por ser usada em tratamentos estéticos. A toxina botulínica, conhecida popularmente como botox, é uma proteína produzida pela Clostridium botulinum. 

Em 2001, pesquisadores da Universidade Católica de Roma, na Itália, por meio de teste em animais, descobriram que a toxina, quando aplicada na parede do estômago, pode retardar a digestão e manter a sensação de saciedade por mais tempo. O resultado foi publicado na revista Alimentary Pharmacology and Therapeutics, e o procedimento ficou conhecido como “botox gástrico”.

No entanto, a toxina butolínica é composta por várias substâncias diferentes, o que dificulta a fabricação de um produto padronizado. Por isso, a equipe do ECDC explica que é complicado identificar o que deu errado com o produto para provocar o surto.

Entre os 67 casos relatados, sabe-se que 60 deles vieram de um hospital particular em Istambul, capital turca, e outros três de uma rede privada de Izmir, também na Turquia. Todos os procedimentos foram realizados entre 22 de fevereiro e 1º de março de 2023.

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