Saúde mental é abalada por situação financeira e familiar, diz estudo

Levantamento inédito mostra que saúde mental do brasileiro está intimamente ligada à renda e a brigas com família e amigos

atualizado 03/08/2023 19:53

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Ilustração de um cérebro com um curativo colocado por uma mulher - Metrópoles Malte Mueller/Getty Images

Com a pandemia de Covid-19, um dos principais assuntos a ganhar notoriedade foi a preocupação com a cabeça. Para entender melhor o panorama nacional e o que impacta negativamente a cabeça do brasileiro, o Instituto Cactus, em parceria com a Atlas Intel, lançam, nesta sexta (4/8), um índice inédito para medir a saúde mental do brasileiro.

O Índice Cactus-Atlas de Saúde Mental (iCASM) coloca, em uma escala de zero a mil, uma nota para avaliar a saúde mental de vários grupos. Foram avaliados aspectos socio-econômicos, inclusive de gênero, além de relações familiares.

Um dos grupos com pontos mais baixos, por exemplo, é o de participantes desempregados (494, um número 141 pontos abaixo da média). Os indivíduos com renda acima de R$ 10 mil, em contrapartida, alcançaram 737 pontos.

Voluntários com problemas familiares também pontuaram menos, indicando que a saúde mental está intimamente ligada com o que acontece dentro de casa — quem brigou com família ou amigos nas semanas anteriores à pesquisa bateu 370 pontos, uma das piores notas observadas.

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Reconhecer as dificuldades e buscar ajuda especializada são as melhores maneiras de lidar com momentos nos quais a carga de estresse está alta

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos

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Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa

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Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa

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Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda

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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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A pesquisa, que foi feita on-line com 2.248 pessoas de 746 municípios, descobriu ainda que pessoas transgêneras e não-heterossexuais também têm mais problemas de saúde mental, principalmente quando comparadas com indivíduos cisgêneros e heterossexuais.

O iCASM médio da população trans ficou em 445, em comparação com 638 dos participantes cisgêneros. Entre os voluntários homossexuais, o número foi de 576, frente aos 665 dos indivíduos heterossexuais.

“Para uma visão completa sobre a saúde mental, é importante que os indicadores sejam lidos em conjunto com os contextos e estruturas sociais em que os grupos estudados estão inseridos”, explica a diretora-presidente do Instituto Cactus, Maria Fernanda Resende Quartiero.

O levantamento mostra ainda que, entre as pessoas que praticam esportes três ou mais vezes por semana, o índice é de 722, uma alta pontuação, quando se considera que quem não faz atividades físicas marcou, em média, 580 pontos.

A ideia do Instituto Cactus e da Atlas Intel é que os números registrados nessa edição da pesquisa funcionem como referência de dados sobre a saúde mental da sociedade brasileira para gestores públicos, acadêmicos e outros atores envolvidos com o tema. O levantamento será repetido com frequência para comparar os dados.

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