Um novo estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease na última terça-feira (31/1) concluiu que a obesidade tem efeitos semelhantes aos do Alzheimer no cérebro, e que, além de a condição poder desencadear a demência, a perda de peso diminui essa probabilidade e ainda retarda o declínio cognitivo.
O estudo, conduzido por cientistas canadenses do Montreal Neurological Institute-Hospital e da Universidade McGill, analisou exames de imagem cerebral de mais de 1,3 mil pessoas e comparou os padrões da massa cinzenta no cérebro de pessoas com Alzheimer com os de participantes saudáveis.
Os pesquisadores também fizeram a comparação entre pessoas com obesidade e indivíduos sem a condição e analisaram o acúmulo de proteína betamiloide, um biomarcador que está presente em pacientes com a demência. Alguns fatores como sexo e idade também foram levados em consideração.
Com os dados das análises, os cientistas criaram mapas cerebrais de atrofia da massa cinzenta para todos os participantes e concluíram que a obesidade e o Alzheimer afetaram o componente cerebral de maneira parecida.
O afinamento no córtex temporoparietal direito no córtex pré-frontal esquerdo, por exemplo, foi semelhante em ambos os grupos, sugerindo assim que a obesidade pode causar o mesmo tipo de neurodegeneração encontrada em pessoas com Alzheimer e desencadear a doença.
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