Estresse favorece desenvolvimento do Alzheimer, aponta estudo

Redução de fatores de risco modificáveis, como estresse, má alimentação e sedentarismo, poderia reduzir declínio mental e perda de memória

atualizado 07/06/2023 18:51

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Ilustração de um cérebro lesionado - Metrópoles PM Images/ Getty Images

O estresse favorece o desenvolvimento do Alzheimer e de outras demências, de acordo com um artigo americano recém-publicado no Journal of the American Medical Association (Jama). Adultos que vivem sob maior tensão têm mais chances de experimentar declínio mental e perda de memória na velhice.

O novo estudo se destaca por ser um dos poucos a avaliar um número considerável de pacientes, uma vez que os autores acompanharam quase 25 mil voluntários com mais de 45 anos ao longo de quatro anos.

Os pacientes passaram por avaliações sobre a percepção do próprio estresse e capacidades cognitivas. No final, aqueles que tinham maior pontuação nos níveis de tensão desempenhavam pior resultado nos testes de memória. Isso ocorreu mesmo após levar em conta variáveis como nível socioeconômico e outros problemas de saúde, como males cardiovasculares.

“Não é novidade que o estresse impacta a cognição de forma aguda e crônica, sendo considerado um dos fatores de risco modificáveis para Alzheimer”, diz a neurocientista Claudia Figueiredo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele está associado com modificações hormonais e inflamatórias que podem afetar o cérebro, além de problemas de sono e queda no sistema imunológico. O esgotamento também favorece comportamentos pouco saudáveis, como tabagismo e sedentarismo.

Para os autores, o resultado sugere a necessidade de rastrear o problema e planejar intervenções para reduzir o risco de perda cognitiva em adultos mais velhos. Além disso, reforça a hipótese de que a alta prevalência de demência em grupos minoritários raciais e étnicos pode ser atribuída, em parte, aos maiores níveis de estresse enfrentados por essa população, entre eles baixo status socioeconômico e discriminação.

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Manter o cérebro ativo com atividades estimulantes é uma das principais estratégias que colaboram com a memória. Veja dicas do que fazer!

Robina Weermeijer/Unsplash
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É importante que o cuidado com a memória seja diário. Por isso, antes de dormir, tente recordar das atividades que fez ao longo do dia

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Pratique exercícios específicos para a memória, como jogos com palavras, sudoku, 7 erros, caça-palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças

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Consuma alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva. Eles contêm nutrientes que facilitam a memorização e evitam o esquecimento

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Utilizar a mão não dominante para realizar atividades como escrever, escovar os dentes, folhear um livro ou abrir uma porta, por exemplo, também pode ajudar na memória

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Mude a rota: vá ao trabalho por caminhos diferentes dos habituais, pois quebrar a rotina estimula o cérebro a pensar

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Consuma bebidas com cafeína - com parcimônia, claro -, como chá verde ou café, para manter o cérebro em alerta, facilitando a captação de informações e a memorização

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Mude a localização de alguns objetos que usa muito no dia a dia, como a lixeira e as chaves de casa

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Faça uma lista de compras sempre que for ao supermercado, mas procure não usá-la, tentando lembrar o que escreveu

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Tome banho de olhos fechados e tente lembrar o local em que ficam os itens do ambiente

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Tente ler um livro ou assistir a um filme e depois contar para alguém. Isso vai estimular a concentração e a memória

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Fatores de risco modificáveis

Segundo os autores do estudo, estima-se que uma redução entre 10% e 25% em fatores de risco modificáveis, como estresse, má alimentação e baixa atividade física, poderia prevenir 1,3 milhões de casos de Alzheimer no mundo todo.

Ainda assim, são necessários mais estudos para entender como aspectos sociais e comportamentais associados ao estresse afetam diferentes grupos para planejar intervenções capazes de prevenir o declínio cognitivo.

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