Boa parte dos seus últimos dias têm sido ocupada por providências ou projeções sobre como será o feriado de Carnaval? A neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci explica que a expectativa por esse momento de festa deixa as sinapses do cérebro hiperativas independente de você fazer parte do time dos foliões ou dos que preferem descanso.
“Esta ansiedade é real e ocorre em diferentes contextos. O Carnaval é uma festa enraizada na cultura do nosso país e mexe com emoções e muitos sentimentos”, afirma Livia.
Ela lembra que, no imaginário coletivo, os quatro dias são vistos como momentos de encontros e grandes aventuras, uma oportunidade de viver histórias que ficarão guardadas na memória para sempre.
“A fantasia é algo muito presente no carnaval, e por isso as lembranças são sempre fortes na memória. Em momentos como este, podemos deixar as roupas e a personalidade de todos os dias de lado e nos transformarmos em quem quisermos”, comenta a neurocientista. “Para o cérebro, a liberdade momentânea é uma grande injeção de adrenalina e criatividade”, completa.
Neurotransmissores
A especialista explica que as emoções do carnaval são explicadas pelos neurotransmissores, que são mensageiros neuronais, funcionam como carteiros que levam mensagens de uma célula a outra no cérebro.
“Quando pensamos em Carnaval, há liberação de dopamina – um hormônio do prazer e satisfação -, além de serotonina, diretamente ligada ao humor”, afirma Livia Ciacci.
Para quem é do time dos foliões, se fantasiar, cantar, dançar, brincar e até paquerar representam ações para extravasar energias e as tensões acumuladas do dia a dia. Esses momentos contribuem muito para trazer variedade de experiências para o cérebro.
Para quem é do time dos caseiros, ou daqueles que buscam viagens tranquilas, a desconectar-se é a grande vantagem. “Os benefícios do recesso para o cérebro serão proporcionais ao quanto você conseguir ficar longe das preocupações e do estresse durante esses dias”, afirma a especialista.
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