Entenda por que a decisão da OMS sobre a Covid não representa o fim da pandemia

Durante discurso desta sexta-feira (5/5), OMS destacou que a Covid-19 deve continuar sendo encarada como uma ameaça à saúde global

atualizado 05/05/2023 14:48

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Foto colorida mostra homem exibindo máscara de proteção facial - Metrópoles Hugo Barreto/Metropoles

Nesta sexta-feira (5/5), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

O status de “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional” é o nível mais alto de alerta da OMS e ocorre em situações que exigem uma resposta internacional coordenada, incluindo a vigilância sanitária e epidemiológica entre os países, os esforços direcionados para a invenção de tratamentos e vacinas e a colaboração no fornecimento de suprimentos médicos.

Durante o discurso desta sexta-feira, Tedros ressaltou que a Covid ainda representa uma ameaça à saúde global. “A Covid-19 não deixou de ser uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos”, afirmou o diretor-geral da OMS.

Em 11 de março de 2020, a OMS caracterizou a Covid-19 como uma pandemia. O termo se refere à distribuição geográfica de uma doença, e não à sua gravidade. Como o vírus ainda está em circulação em vários países e há possibilidade de ocorrer mutações que levem a novas ondas da doença, a situação ainda é classificada como pandemia.

“É verdade que o vírus continua circulando em todos os países e que a pandemia não acabou. É verdade que existem muitas incertezas, principalmente em relação à evolução do vírus. Também é verdade que existem grandes lacunas nos relatórios de vigilância e nos cuidados de saúde, principalmente nos países mais vulneráveis”, disse Tedros.

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Surtos, endemias, pandemias e epidemias têm a mesma origem, o que muda é a escala de disseminação da doença. Quem define quando uma doença se torna ameaça global é a Organização Mundial da Saúde (OMS)

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O surto ocorre quando há aumento localizado do número de casos de uma doença em uma região específica

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Um exemplo são os casos de dengue: quando muitos diagnósticos ocorrem no mesmo bairro de uma cidade, por exemplo, as autoridades tratam esse crescimento como um surto

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Já a endemia é quando uma doença aparece com frequência em um local, não se espalhando por outras comunidades. Ela também é classificada de modo sazonal

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A febre amarela, comum na Região Amazônica, é uma doença endêmica, porque ocorre durante uma estação do ano e em certas localidades do Norte

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Epidemia ocorre quando o número de surtos cresce e abrange várias regiões de determinada cidade, por exemplo. Se isso acontecer, considera-se que há uma epidemia no município, mas um surto em escala estadual

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Um exemplo é o ebola, que passou a ser considerado uma epidemia em 2014, após atingir diversos países na África

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A pandemia acontece quando uma epidemia alcança níveis mundiais, afetando várias regiões ao redor do globo terrestre. Para a OMS declarar a existência de uma pandemia, países de todos os continentes precisam ter casos confirmados da doença

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Antes da Covid-19, a última vez que uma pandemia aconteceu foi em 2009, com a gripe suína

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A peste bubônica, ou peste negra, que aconteceu no século 14 e matou de 75 a 200 milhões de pessoas, é considerada uma das maiores pandemias da humanidade

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Repercussão

O pesquisador Claudio Maierovitch, da Fundação Osvaldo Cruz, explica que a declaração da OMS tem caráter administrativo, com o intuito de sinalizar que os países podem flexibilizar as medidas de enfrentamento da doença. “Na prática, essa flexibilização já vem ocorrendo. No Brasil, ainda no ano passado, a Covid-19 deixou se ser uma emergência pública”, explica.

Maierovitch não acredita que a OMS fará uma declaração formal sobre o fim da pandemia. “Fim de pandemia não se decreta, ainda mais em uma situação em que a circulação do vírus é intensa”, aponta.

 

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