Diminuição da caligrafia pode ser sinal de Parkinson, diz neurologista

O Parkinson é uma doença degenerativa que tem sintomas além dos tremores nas mãos. Especialista diz como são estágios inicias da condição

atualizado 09/04/2023 12:15

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fotografia de mãos de idosos GettyImages

Um dos sinais mais conhecidos do Parkinson são os tremores nas mãos. Porém, de acordo com o neurologista Guilherme Torezani, coordenador de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí, no Rio de Janeiro, a doença degenerativa é lenta e progressiva, e o paciente muitas vezes não é capaz de identificar o seu avanço.

“O início dos sintomas motores pode ser sutil, como lentidão em uma das mãos, que leva à diminuição da letra ao escrever, chamado de micrografia, ou a redução do balançar de um dos braços durante a caminhada, que é comum entre os pacientes”, alerta o médico.

Outros sinais da doença podem ser:

  • Rigidez muscular;
  • Lentidão nos movimentos;
  • Instabilidade postural, além de perda progressiva de equilíbrio;
  • Diminuição do olfato;
  • Distúrbios do sono;
  • Prisão de ventre;
  • Depressão.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem Parkinson. Estima-se que 200 mil pessoas no Brasil sofram com a doença.

Mesmo com os avanços científicos, como identificação de algumas proteínas e alterações metabólicas nos pacientes, ainda não se sabe exatamente quais os motivos que levam à perda progressiva de neurônios típica da condição.

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular
Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura
Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos
Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida
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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

Elizabeth Fernandez/ Getty Images
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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

izusek/ Getty Images
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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

SimpleImages/ Getty Images
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images
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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

Visoot Uthairam/ Getty Images
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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

JohnnyGreig/ Getty Images
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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

Andriy Onufriyenko/ Getty Images

“Com o envelhecimento, é natural que tenhamos a morte dos neurônios que produzem dopamina, que é responsável pelo aprendizado motor, sistema de recompensas e outras várias funções cerebrais complexas. Porém, no caso dos pacientes com Parkinson, essas células são perdidas com mais rapidez”, explica Torezani.

Tratamento

A doença de Parkinson deve ser tratada por um neurologista, e o protocolo vai além dos medicamentos. Para que o paciente tenha melhor qualidade de vida, é importante praticar fisioterapia motora contínua, terapia ocupacional e atividade física, o que ajuda na melhora do equilíbrio, força física e resgate da autonomia e autoestima.

Torezani lembra que, apesar de parecer promissor, o tratamento com derivados da cannabis ainda depende de mais estudos para avaliar exatamente qual é o papel dos medicamentos contra a doença.

“O canabidiol, por exemplo, ainda que não tenha nível de evidência para indicação, parece ser mais benéfico para sintomas não motores do que motores da doença”, analisa o neurologista.

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