Dieta calórica pode aumentar risco de câncer de próstata agressivo

Um estudo feito na Espanha sugere que os homens que seguem hábitos alimentares com alto consumo de laticínios gordurosos, carnes processadas e doces, correm maior risco de desenvolver câncer de próstata com tumores agressivos, em comparação aos que seguem a dieta mediterrânea ou um regime alimentar mais balanceado.

Cientistas do Instituto de Saúde Carlos III e do Centro de Pesquisas Biomédicas em Epidemiologia e Rede de Saúde Pública, ambos na Espanha, analisaram o histórico de saúde as dietas de 15.296 homens recrutados para o estudo entre 1992 e 1996. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (19/4) no jornal acadêmico BJU International.

Os participantes foram separados em três categorias de dietas:

Ocidental: alta ingestão de laticínios com alto teor de gordura, carne processada, grãos refinados, doces, bebidas calóricas, lanches e molhos, e baixo consumo de grãos integrais e de laticínios com baixo teor de gordura;

Prudente: alta ingestão de produtos lácteos com baixo teor de gordura, vegetais, frutas, grãos integrais e sucos;

Mediterrânea: alto consumo de peixe, vegetais, leguminosas, batata cozida, fruta, azeitonas e óleo vegetal, e um baixo consumo de sucos.

Ao longo de 17 anos de acompanhamento, foram identificados 609 casos de câncer de próstata entre os participantes. As pesquisadoras descobriram que aderir a dietas saudáveis – prudente e mediterrânea – ​​parece não ter efeito para prevenir a doença, mas seguir uma dieta pouco saudável pode aumentar o risco de desenvolver um quadro agressivo do câncer.

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

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A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

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Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

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A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

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Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

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A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

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Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

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Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

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“Embora nenhum efeito sobre o risco de câncer de próstata tenha sido detectado para os padrões alimentares prudente e mediterrâneo, foi encontrada uma sugestão de efeito prejudicial com o padrão alimentar ocidental. Evitar hábitos alimentares pouco saudáveis ​​pode ser a melhor estratégia nutricional para prevenir o câncer de próstata agressivo”, afirma a principal autora do estudo, Adela Castelló-Pastor, no artigo.

A coautora da pesquisa, Marina Pollán, lembra que substituir a ingestão de produtos da dieta do tipo ocidental por produtos característicos da dieta mediterrânea também pode diminuir o risco de outras doenças crônicas.

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