Creatina age contra fadiga provocada pela Covid longa, diz estudo

Suplemento utilizado para ganho de massa muscular pode devolver energia para pessoas que sofrem com sintomas da Covid longa

atualizado 29/09/2023 15:15

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Pesquisadores sérvios defendem que a suplementação com creatina seja usada para reduzir a fadiga crônica provocada pela Covid longa.

Em pesquisa publicada na revista Food Science & Nutrition, nesta quarta-feira (20/9), eles apresentam os resultados de um estudo feito com 12 pacientes com a condição.

O diagnóstico de Covid longa ocorre quando a pessoa continua a apresentar sintomas da doença após o fim da infecção. Geralmente, se considera o tempo de três meses após a Covid como suficiente para que os sintomas passem. Caso os sintomas persistam, a Covid longa está caraterizada. A fadiga é um dos sintomas mais frequentes, mas os pacientes também podem ter perda de memória, desconfortos respiratórios e problemas cardíacos e renais.

Melhora em vários sintomas

A pesquisa mostrou que, após três meses ingerindo doses diárias de creatina, os participantes relataram melhoras significativas tanto na redução da fadiga, como nas dificuldades respiratórias, dores no corpo, dores de cabeça e dificuldades de concentração.

A creatina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo e serve como fonte de energia, especialmente para os músculos. Ela também pode ser suplementada.

creatina em pó e comprimido em cima de uma bancada espalhada - Metrópoles
Creatina é conhecida por melhorar o desempenho nos exercícios físicos

O impacto do uso de creatina

Para os pesquisadores, o uso de creatina pode ser uma resposta simples e efetiva para combater efeitos da Covid longa.

“Nosso estudo mostra que a creatina pode ser de grande importância no combate à Covid longa, mas estudos adicionais ainda são necessários para confirmar as nossas descobertas em outros grupos populacionais”, disse o médico Sergej M. Ostojic, autor principal do estudo, em comunicado à imprensa.

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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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