Covid: SBI sugere retorno do uso de máscaras para população de risco

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) faz alerta para possível entrada da variante EG.5 no país, podendo aumentar os casos de Covid-19

atualizado 17/08/2023 14:28

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Mulher tirando a máscara Getty Image

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou, nesta quinta-feira (17/8), uma lista de recomendações para reduzir o impacto de uma possível circulação da linhagem EG.5, da Ômicron, no país. Entre elas, caso haja aumento de casos, destaca-se a volta do uso de máscaras faciais pelas pessoas mais vulneráveis à Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a EG.5, também chamada de Eris, como uma variante de interesse (VOI) na última semana. Ela já foi identificada em 51 países, mas ainda não há casos registrados no Brasil.

“É possível que a EG.5 possa estar circulando no país de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica no Brasil”, afirma a SBI em nota. “Devemos estar atentos à possibilidade de uma nova onda de casos ocorrendo nas próximas semanas, com baixo potencial de quadros graves, baseado no cenário epidemiológico dos países onde ela já circula”, explica.

Embora possua mutações que conferem maior capacidade de transmissão, a OMS classifica a variante como de “baixo risco” para a saúde pública em nível global, já que não demonstrou levar a quadros mais graves da doença, comparado a variantes anteriores.

Recomendações da SBI para reduzir os impactos da entrada da variante no país:

Vacinação contra Covid-19

Manter o calendário vacinal para Covid-19 atualizado com as doses de reforço recomendadas. Todas as pessoas com 6 meses de idade ou mais devem ter pelo menos três doses de vacina; grupos de risco – pessoas com 60 anos ou mais, imunossuprimidos, gestantes, população indígena e profissionais de saúde – devem ter tomado as doses de reforço com até 1 ano de intervalo da dose anterior, preferencialmente com a vacina bivalente.

Uso de máscaras para população de risco

Devem ser usadas em locais fechados, com baixa ventilação e aglomeração, caso haja aumento de casos de síndrome gripal, circulação e detecção viral no Brasil.

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Segundo estudo divulgado em dezembro de 2021 pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, a máscara funciona como um escudo contra a Covid e ajuda a conter surtos de outros vírus que podem apresentar potencial epidêmico, como a H3N2
Segundo a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), quando uma pessoa infectada utiliza máscara como a PFF2 e uma pessoa saudável que esteja próxima a ela também utilize uma PFF2, a chance de contágio seria de apenas 0,1%. No entanto, nem todas as máscaras de proteção apresentam a mesma eficácia
Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que avaliaram 227 diferentes máscaras e cujo estudo foi publicado na revista Aerosol Science and Technology, a filtração da PFF2 (também conhecida como N95) impede a passagem de 98% de partículas de 60 a 300 nm. Por isso, a PFF2 é a máscara de proteção mais indicada
Ainda segundo o estudo, que analisou a capacidade dos acessórios de impedir que o vírus seja respirado ou expelido, as máscaras cirúrgicas ficaram em segundo lugar no quesito proteção. Isso porque elas apresentaram 89% de capacidade de filtragem
Um pouco mais resistente do que a máscara cirúrgica, a PFF1 é forrada com um filtro que repele os micro-organismos. Contudo, o custo-benefício do produto pode não ser tão interessante, já que ele é descartável e seu preço não é dos mais baratos
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Apesar da flexibilização das regras para uso de máscaras e da queda de casos de Covid registrados no Brasil, ainda não é hora de abrir mão dos cuidados para conter o vírus, principalmente com tantas variantes em circulação

Kilito Chan/ Getty Images
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Segundo estudo divulgado em dezembro de 2021 pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, a máscara funciona como um escudo contra a Covid e ajuda a conter surtos de outros vírus que podem apresentar potencial epidêmico, como a H3N2

RUNSTUDIO/ Getty Images
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Segundo a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), quando uma pessoa infectada utiliza máscara como a PFF2 e uma pessoa saudável que esteja próxima a ela também utilize uma PFF2, a chance de contágio seria de apenas 0,1%. No entanto, nem todas as máscaras de proteção apresentam a mesma eficácia

Boy_Anupong/ Getty Images
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Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que avaliaram 227 diferentes máscaras e cujo estudo foi publicado na revista Aerosol Science and Technology, a filtração da PFF2 (também conhecida como N95) impede a passagem de 98% de partículas de 60 a 300 nm. Por isso, a PFF2 é a máscara de proteção mais indicada

Don MacKinnon/Getty Images
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Ainda segundo o estudo, que analisou a capacidade dos acessórios de impedir que o vírus seja respirado ou expelido, as máscaras cirúrgicas ficaram em segundo lugar no quesito proteção. Isso porque elas apresentaram 89% de capacidade de filtragem

Kilito Chan/ Getty Images
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Um pouco mais resistente do que a máscara cirúrgica, a PFF1 é forrada com um filtro que repele os micro-organismos. Contudo, o custo-benefício do produto pode não ser tão interessante, já que ele é descartável e seu preço não é dos mais baratos

Grace Cary/ Getty Images
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As famosas máscaras de algodão, no entanto, apresentaram a menor eficácia contra a retenção das partículas, cerca de 20% e 60%. Isso porque o tecido utilizado para a confecção da peça deixa mais espaço entre os fios e diminui a proteção contra o vírus

Ganlaya Tieghom / EyeEm/ Getty Images
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Contudo, ainda segundo os pesquisadores, apesar da eficácia que as máscaras apresentam, de nada servirá se não forem utilizadas corretamente. Ajustar a máscara ao rosto, evitando brechas no contato do acessório com nariz, queixo e bochechas e realizar trocas da peça durante o dia é essencial para garantir a proteção contra a Covid e qualquer outro vírus

hiphotos35/ Getty Images

Testagem

Testagem dos casos de síndrome gripal para redução da transmissão em caso de Covid-19, com isolamento dos casos positivos.

Tratamento

No âmbito do SUS, iniciar o tratamento dentro dos cinco primeiros dias de sintomas com Nirmatrelvir/ritonavir (Paxlovid), disponível na rede pública de saúde, para pacientes com 65 anos ou mais e imunossuprimidos, a partir de teste positivo para Covid-19. O objetivo é reduzir o risco de agravamento, complicação e morte.

“Na rede privada de saúde, focando a população mais vulnerável para hospitalização e óbito por Covid-19, em situações de impossibilidade de uso do NMR/r, considerar alternativamente o uso de molnupiravir ou rendesevir nos primeiros dias de sintomas”, diz a nota.

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