Febre, calafrios, mal-estar e dor de cabeça são algumas reações adversas normalmente relatadas após a vacinação contra a Covid-19. Em novo estudo, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugerem que esses efeitos podem indicar que o corpo está preparando uma resposta imunológica mais potente.
O resultado da pesquisa foi publicado em 29 de setembro, na plataforma medRxiv, em versão de pré-print, que ainda precisa passar pela revisão de pares.
Os pesquisadores monitoraram a ocorrência de eventos adversos em 363 pessoas durante seis dias após a aplicação de doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou Moderna. Os participantes também receberam kits para registrar temperatura, frequência cardíaca e respiração.
Os voluntários foram submetidos a exames periódicos para medir os níveis de anticorpos produzidos.
Reações após a vacina
Os voluntários que apresentaram sintomas como calafrios, cansaço, mal-estar e dor de cabeça após a segunda dose tiveram um aumento de até 160% nos níveis de anticorpos neutralizantes produzidos quando comparados aos que não sentiram nada.
Cada evento adverso adicional, de acordo com os pesquisadores, indicou aumento do número de anticorpos neutralizantes. A elevação de apenas 1°C na temperatura foi associada a níveis de anticorpos três vezes maiores ao final de um semestre.
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Vacina sempre produz resposta
O estudo foi realizado no primeiro ano da vacinação contra a Covid-19 e mediu a proteção dos imunizantes contra a versão original do coronavírus. Os pesquisadores acreditam que seria difícil realizar uma avaliação como essa nos dias de hoje, pois a maioria das pessoas já teve múltiplas infecções.
Pesquisadores destacam que a ausência de efeitos adversos não deve ser interpretada como um sinal de que a vacina não está funcionando. Um estudo anterior mostrou que 98% das pessoas que não sentem efeitos colaterais após a injeção produzem grandes quantidades de anticorpos.
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