Covid: por que sublinhagens não são nomeadas com alfabeto grego?

Ao contrário das variantes, batizadas como Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron, as sublinhagens são nomeadas com letras e números

atualizado 20/01/2023 21:00

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Imagem colorida: variantes do coronavírus. Cientistas desenvolvem aparelho que detecta Covid-19 no ar em tempo real Dispositivo criado por engenheiros químicos dos EUA teve uma eficiência entre 77% e 83% em perceber o vírus no ar - Metrópoles Getty Images

Desde que a variante Ômicron do coronavírus surgiu, no segundo semestre de 2021, centenas de sublinhagens se desenvolveram a partir dela. Identificadas com siglas cheias de letras e números, as denominações confundem qualquer um que não pertença à comunidade científica.

Pelo Brasil já passaram, por exemplo, as versões BA.1, BA.2, BA.4, BA.5, BQ.1.1, BQ.1 e, mais recentemente, a XBB.1.5 da Ômicron. Mas afinal de contas, por que as sublinhagens são nomeadas assim?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu, em maio de 2021, que as variantes de interesse e de preocupação do Sars-CoV-2, causador da Covid-19, devem ser nomeadas com letras do alfabeto grego. As cepas que mudaram o curso da pandemia foram identificadas como Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron.

Os nomes são usadas para facilitar a comunicação entre a comunidade científica e a população e evitar estigmas que possam relacionar as variantes a animais ou a localidades onde foram encontradas pela primeira vez.

“Embora tenham suas vantagens, os nomes científicos podem ser difíceis de dizer e lembrar e são propensos a gerarem erros em relatórios. Como resultado, muitas vezes as pessoas denominam as variantes pelos locais onde são detectadas, o que é estigmatizante e discriminatório”, explica a OMS, no documento que contém as diretrizes para a classificação de variantes.

Impactos na pandemia

A OMS entende que as variantes do vírus merecem ser indicadas por uma letra grega apenas quando suas alterações produzem um impacto significativo na saúde pública, a ponto de exigirem uma mudança de resposta no combate à doença.

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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Por compartilharem das mesmas características, como replicação no trato respiratório superior e capacidade de escapar da imunidade conferida pelas vacinas, as subvariantes da Ômicron não exigiram mudanças na resposta de saúde pública e, por isso, continuam sendo classificadas como versões da cepa predominante.

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Paola Resende lembra que mais de 2,5 mil linhagens do vírus Sars-CoV-2 já foram descritas desde o início da pandemia. No entanto, poucas tiveram sucesso evolutivo e muitas até já deixaram de circular.

Paola é pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e uma das curadoras da plataforma GISAID, o principal banco de dados genéticos do coronavírus.

“O padrão é uma linhagem substituir a outra ao longo do tempo. Entre essas linhagens, algumas delas se destacam epidemiologicamente, pelo número de casos ou por terem mutações importantes ao longo do genoma”, explicou, em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

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