Colonoscopia: exame de câncer de intestino precisa ser anual?

Câncer de intestino pode ser identificado ou pela colonoscopia ou pelo teste imunoquímico fecal, e testes devem ser repetidos com frequência

atualizado 01/03/2023 19:40

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Imagem colorida de profissional da saúde fazendo colonoscopia - Metrópoles Getty Images

Nos últimos meses, vários casos de pacientes com câncer de intestino apareceram na mídia. Com um número crescente de novos diagnósticos, é importante que a população se conscientize cada vez mais sobre como identificar a doença: o principal exame para rastreá-la é a colonoscopia.

No entanto, o teste para detectar o tumor é invasivo e existem muitas dúvidas sobre a frequência com a qual ele deve ser feito. O oncologista clínico do Hospital Anchieta de Brasília, Hélio Borges, explica que existe outra forma de detectar a patologia, que é pela presença de sangue oculto nas fezes.

Segundo o profissional, estima-se que 90% dos cânceres colorretais se iniciam a partir de pólipos, nome dado a lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. “Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos”, afirma. Por isso, o exame de rastreio é importante.

O médico ensina que a triagem deve começar aos 45 anos. No entanto, para pacientes com histórico familiar de parentes de primeiro grau que tenham tido o câncer colorretal, o início do rastreio pode ser aos 40 anos ou 10 anos antes da idade do parente mais novo que teve o tumor.

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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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Afinal, é preciso fazer a colonoscopia todos os anos?

Não, a colonoscopia não precisa ser feita todos os anos. Porém o teste imunoquímico fecal para detectar sangue oculto nas fezes, sim. Segundo o gastroenterologista do Hospital Anchieta Rodrigo Aires, os pacientes devem realizar a colonoscopia caso o teste imunoquímico dê positivo.

“Em caso negativo, o exame de detecção do câncer deverá ser feito a cada 10 anos, segundo recomendações da Sociedade Americana de Oncologia”, afirma Aires.

O médico acrescenta ainda que a frequência da colonoscopia não oferece riscos ao paciente. O problema é o preparatório para o exame, com a sedação, o preparo intestinal e própria execução do exame, que é considerado invasivo.

Desde que a colonoscopia tenha uma indicação formal, ela pode ser realizada em uma periodicidade mais curta do que 10 anos sem causar prejuízos ao paciente, diz o gastroenterologista.

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