Pesquisadores acham “interruptor” que liga e desliga libido masculina

Descoberta dos pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, pode levar à criação de medicamento capaz de regular a libido dos homens

atualizado 15/08/2023 13:35

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Foto colorida de casal na cama se beijando prestes a fazer sexo - Metrópoles Witthaya Prasongsin/Getty Images

Neurologistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirmam ter desvendado onde está o mecanismo que ativa e desativa a libido masculina. A descoberta pode levar à criação de novos medicamentos para tratar a falta de desejo ou seu excesso.

Em um experimento feito com camundongos, os pesquisadores mapearam um circuito cerebral que é acionado pela presença de uma fêmea. “Identificamos um circuito no cérebro dos mamíferos machos que controla o reconhecimento sexual, a libido e o comportamento de acasalamento”, afirmou o principal autor do estudo, Nirao Shah, em artigo publicado na sexta-feira (11/8), na revista Cell.

O circuito cerebral está localizado no hipotálamo pré-óptico. Antes do achado, sabia-se que a região estava ligada ao comportamento sexual, mas a rota do desejo no cérebro não estava tão clara.

Período de baixa libido

Praticamente todos os mamíferos machos, incluindo o homem, perdem o desejo sexual logo após a ejaculação, entrando em um período refratário ao sexo.

Entre os camundongos usados no estudo, o período refratário padrão dura cinco dias. Ao estimularem alguns dos neurônios do hipotálamo pré-óptico, os cientistas levaram ratos que estavam no período refratário a repetirem imediatamente o ritual de acasalamento.

“Demorou um segundo ou menos para eles retomarem a atividade sexual. É uma redução de mais de 400 mil vezes no período refratário”, explicou Shah.

Imagem colorida de cérebro de camundongo em estudo da libido - Metrópoles
Imagem do cérebro de um camundongo macho mostra o circuito relacionado ao desejo

Pílula do sexo

Os cientistas acreditam que a descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de medicamentos que reestabeleçam a libido, estimulando o circuito em homens que enfrentam a falta de desejo sexual.

Da maneira semelhante, uma droga poderia ser criada para bloquear os mesmos neurônios em homens com impulsos sexuais hiperativos.

“Se esses centros existem em humanos – e agora sabemos onde procurar – deve ser possível projetar pequenas moléculas que possam ser usadas para regular esses circuitos”, considera Shah.

A medicação futura seria diferente dos inibidores da fosfodiesterase, usados no tratamento da disfunção erétil. Em vez de aumentar o fluxo sanguíneo no pênis, elas amplificariam ou reprimiriam diretamente a área específica do cérebro que controla o desejo sexual.

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