Apesar do que muitas pessoas pensam, a caspa não é uma consequência exclusiva da falta de higiene. Ainda que a medicina não tenha todas as respostas para as causas da dermatite seborreica, o tratamento para minimizá-la tem avançado.
Segundo a dermatologista Paula Sian, a dermatite seborreica, mais conhecida como caspa, é uma inflamação na pele que causa descamação e vermelhidão no couro cabeludo. Ela pode se apresentar também em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, orelhas e tórax.
A especialista acrescenta que a produção do sebo funciona como mecanismo de defesa do corpo, mas, em excesso, torna-se prejudicial.
“Existem diversos motivos que podem desencadear a caspa, entre eles fatores genéticos; emocionais; alérgicos; e problemas crônicos, como a presença do Pityrosporum ovale, fungo específico da pele que causa uma inflamação responsável pela descamação de regiões específicas do corpo, incluindo o couro cabeludo”, afirma Paula.
Além de problemas internos, fatores como a temperatura e a umidade do clima também podem contribuir com o desenvolvimento da caspa. “Durante o outono e inverno, tendemos a tomar banhos mais quentes e a água causa irritação e ressecamento da pele e do couro cabeludo, que, em resposta, passam a fabricar mais sebo”, explica a dermatologista.
Outro elemento que agrava o estímulo de sebo é o tempo seco característico do inverno. Ele estimula as glândulas sebáceas localizadas na base do folículo capilar, que incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso, descamando a região.
Como evitar a caspa
Porém, ainda não é possível evitar o surgimento da caspa, uma vez que muitos estímulos podem produzir óleo na pele. Entretanto, existem alguns cuidados para amenizar a dermatite seborreica, como:
- Tomar sol diariamente no couro cabeludo;
- Manter o couro cabeludo bem seco;
- Optar pela lavagem do couro cabeludo com água fria ou morna, mesmo no frio;
- Evitar vestimentas que retenham muito suor, como bonés, toucas, gorros ou qualquer acessório que abafe a cabeça por muitas horas;
- Evitar prender os cabelos ainda úmidos ou molhados;
- Utilizar produtos de acordo com a natureza do cabelo, optando por fórmulas mais líquidas, que contenham álcool ou produzam espuma.
Cabelos lisos ou crespos
A dermatologista ainda alerta sobre alguns mitos que prejudicam a saúde do couro cabeludo, como o de lavar os cabelos diariamente.
“Isso não influencia no surgimento da caspa. Pelo contrário, lavar de menos pode estimular a dermatite. Outro mito é relacionado ao tipo dos fios. Muitos acreditam que alguns cabelos são mais propensos à caspa, porém, cabelos lisos, crespos ou cacheados têm a mesma probabilidade” explica Paula.
A dermatologista faz um alerta ainda às pessoas adeptas a tratamentos químicos para mudar os fios. “É importante não abusar de produtos que estimulem a descamação da pele, principalmente em locais onde não se pode verificar a procedência dos químicos. Isso pode causar danos graves à saúde do couro cabeludo”, destaca.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
