Carnaval: veja recomendações da Fiocruz para evitar Covid e influenza

Boletim da Fiocruz aponta que a maioria dos estados passa por cenário de queda ou estabilidade de diagnósticos de vírus respiratórios

atualizado 16/02/2023 13:22

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Imagem colorida: homem joga confetes para o alto no Carnaval de Olinda - Metrópoles Getty Images

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram, nesta quinta-feira (16/2), uma nova edição do Boletim InfoGripe, com orientações para que os foliões curtam o Carnaval e evitem a propagação da Covid e demais vírus respiratórios.

Os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) comprovam que o cenário atual é positivo. Diferentemente do mesmo período nos anos anteriores, a maioria dos estados tem queda ou estabilidade dos números de novos diagnósticos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

No entanto, os autores do boletim destacam que os foliões não podem baixar a guarda uma vez que a transmissão de vírus se torna mais fácil em eventos com grandes aglomerações. “A principal recomendação nesse Carnaval é em relação a quem está com sintomas respiratórios próximo às festas, aos blocos e aos desfiles. Se a pessoa está carregando o vírus da Covid-19 ou influenza, fica o alerta de evitar passar em grandes eventos porque pode facilitar o processo de aumento de casos na sua localidade”, afirma Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A vacinação é outra medida preventiva importante. Estar com as doses em dia – duas do esquema primário e dois ou três reforços, a depender da recomendação do Ministério da Saúde – contribui para que a população mantenha o sistema imunológico forte para combater o vírus e evitar a progressão para casos graves e mortes.

A campanha de vacinação com as doses bivalentes, desenvolvidas para combater as sublinhagens da variante Ômicron, começa no próximo dia 27 de fevereiro, no Brasil. Os idosos e pessoas com deficiência serão os primeiros da fila, assim como ocorreu nas outras etapas da campanha.

O coordenador do InfoGripe destaca a importância dessa nova fase de vacinação. “É extremamente importante que a campanha tenha uma alta adesão. Caso, de fato, haja um novo ciclo de aumento de casos nos próximos meses, o que está dentro do esperado, é fundamental ficar em dia com a quantidade de doses recomendadas para o seu caso em particular para que isso não gere impacto significativo em casos graves”, afirma Gomes.

Aumento de casos no Amazonas

O novo Boletim InfoGripe mostra que é possível observar o aumento de casos positivos para os vírus influenza A e Sars-CoV-2, causador da Covid-19, no estado do Amazonas nas últimas semanas. Embora o volume seja relativamente baixo, os pesquisadores avaliam que a tendência pode ser um indicativo de início de temporada de crescimento de casos.

“Na semana passada, já tínhamos dado destaque ao ligeiro aumento dos casos positivos associados ao influenza A no Amazonas e, nessa atualização, o sinal já é mais claro. Por causar impacto na tendência de aumento de novos casos semanais nas semanas recentes entre o público adulto, esse dado requer um pouco mais de atenção, em particular, no estado do Amazonas”, afirma Gomes.

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