Câncer de mama: cientistas descobrem método para evitar metástase

Estudo publicado na revista Nature Cancer traz um avanço histórico nas pesquisas sobre o câncer de mama

atualizado 14/03/2023 19:11

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Mulher sem blusa segurando símbolo que representa luta contra o câncer de mama - Metrópoles SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

As pacientes com câncer de mama positivo para receptor de estrogênio (ER+), o tipo mais comum, correm um risco de recorrência da doença em outras partes do corpo por anos após o diagnóstico e o tratamento do tumor primário.

Agora, pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR), do Reino Unido, afirmam ter desvendado o mecanismo que leva as células de câncer de mama a acordarem anos depois de um tratamento bem sucedido, levando a um quadro de metástase no pulmão.

A descoberta foi publicada na segunda-feira (13/3), na revista Nature Cancer, e marca um passo importante nos estudos de combate ao câncer. Realizado em camundongos, o trabalho revela como ocorre essa recidiva e aponta uma estratégia para evitá-la.

Proteína específica

Os pesquisadores descobriram que a proteína PDGF-C, presente no pulmão, desempenha um papel fundamental para influenciar se as células inativas do câncer de mama permanecem adormecidas ou acordam.

Quando o nível de PDGF-C aumenta – o que é mais provável em idosos ou quando o tecido do órgão está desgastado ou cicatrizado –, as chances de as células cancerígenas latentes crescerem e se transformarem em um câncer de mama secundário sem potencializadas.

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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos

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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira

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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas

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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada

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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios

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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito

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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido

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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas

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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença

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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes

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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade

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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico

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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente

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Tratamento

Após desvendar o mecanismo, os pesquisadores buscaram uma estratégia para bloquear o aumento da proteína PDGF-C. Testes com camundongos com tumores ER+ mostraram que o uso do imatinib, antes e depois do desenvolvimento dos tumores, reduziu significativamente o crescimento do câncer secundário. O medicamento é utilizado atualmente para tratar pacientes com leucemia mielóide crônica,

“Descobrimos como o envelhecimento do tecido pulmonar pode fazer com que as células cancerosas ‘despertem’ e se transformem em tumores, e encontramos uma estratégia potencial para ‘desarmar’ essas ‘ bombas-relógio’”, afirma Frances Turrell, uma das autoras do estudo, em um comunicado divulgado pela instituição inglesa.

Agora, a equipe planeja seguir com as pesquisas para compreender como os pacientes humanos podem se beneficiar do uso do imatinib. A longo prazo, eles pretendem desenvolver tratamentos específicos.

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