Brasileiros conseguem inativar coronavírus com ressonância acústica

Experimento mostrou que frequência específica de ultrassom é capaz de inativar o coronavírus in vitro, neutralizando-o

atualizado 07/03/2023 17:45

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Ilustração colorida de coronavirus COVID-19 - Metrópoles Getty Images

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) comprovaram que é possível neutralizar o coronavírus com ressonância acústica, a partir da frequência emitida por equipamentos de ultrassom, em amostras do vírus in vitro.

O trabalho brasileiro confirma a hipótese matemática levantada pelo cientista Tomasz Wierzbicki, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos.

Durante o experimento, foram feitos testes com aparelhos de ultrassom com frequências diferentes até que fosse encontrada uma capaz de penetrar na pele humana e quebrar o vírus Sars-CoV-2.

Frequência exata

Os pesquisadores observaram que um equipamento hospitalar emitindo a frequência 5/10 MHz conseguiu entrar em ressonância com a proteína spike – presente na superfície do vírus e responsável por ligá-lo às células humanas – e quebrá-la, inativando o patógeno.

Os resultados foram publicados na plataforma bioRxiv e divulgados pela agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) nesta terça-feira (7/3).

“Tivemos a sorte de encontrar um único equipamento hospitalar que emite essa exata frequência. Conseguimos demonstrar experimentalmente que a técnica funciona in vitro, sendo muito eficaz na inativação do vírus e na redução drástica da carga viral”, afirmou o pesquisador Odemir Bruno, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), em entrevista para a assessoria de comunicação do IFSC.

O cientista acredita que a estratégia de aplicação do ultrassom poderia ser feita por meio de um colar cervical em um processo bastante simples, indolor, não invasivo e sem contraindicações ou medicamentos.

“É a partir dele que o ultrassom irá funcionar, incidindo sua ação durante determinado tempo em todas as principais artérias que passam pelo pescoço”, explica.

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Testes in vitro mostram que o ultrassom entra em ressonância com a proteína spike do coronavírus e consegue quebrá-la, inativando o vírus

IFSC-USP/divulgação
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Próximas etapas

Testes in vitro com animais estão sendo realizados atualmente. As próximas etapas incluem descobrir o local exato do vírus que se rompe com a ação do ultrassom e os riscos e benefícios do procedimento para pacientes humanos. Os pesquisadores também pretendem avaliar qual é o tempo necessário de uso do ultrassom nos pacientes e a intensidade e frequência ideais para otimizar a ressonância.

“Vamos ter que realizar muitos procedimentos ainda para compreender melhor o fenômeno, mas o certo é que o ultrassom destrói o vírus e tem potencial para se tornar uma poderosa arma para combatê-lo”, diz Bruno.

O pesquisador Flávio Protásio Veras, do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), lembra que o estudo é experimental e ninguém deve tentar utilizar o tratamento por ultrassom como terapia por conta própria.

“É um trabalho científico experimental, em andamento, e pode ser prejudicial e danoso. Somente após a conclusão dos estudos é que terapias poderiam ser recomendadas”, explica Veras. (Com informações da Agência Fapesp)

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