Estudo sugere quantidade de vinho certa para obter benefícios ao coração

Pesquisa de médicos norte-americanos mostrou que o consumo moderado de álcool tem impactos positivos na saúde cardíaca

atualizado 13/06/2023 16:21

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Happy hour liberado: uma pesquisa de médicos americanos mostrou que o consumo moderado de álcool pode ter impactos positivos na saúde do coração Klaus Vedfelt/Getty Images

A justificativa que estava faltando para beber no happy hour chegou. Cardiologistas do Hospital Geral de Massachusetts publicaram, nesta segunda-feira (12/6), um estudo que mostrou que o consumo leve ou moderado de álcool pode diminuir o risco de doenças do coração.

O curioso é que o benefício cardíaco não é observado na forma que o álcool afeta o coração, mas sim o cérebro. De acordo com os pesquisadores, beber com parcimônia é capaz de reduzir o estresse cerebral e isso tem bons reflexos na saúde do sistema circulatório. A questão chave é justamente a quantidade: em excesso, o que se observa são efeitos ruins.

Qual a dose que traz benefícios?

O estudo levou em consideração informações de 53 mil voluntários para selecionar 713 para exames de imagem que escanearam a intensidade de suas atividades cerebrais e de seus batimentos cardíacos. Os voluntários foram divididos em cinco faixas de consumo de álcool diário, considerando cada dose como aproximadamente 10 gramas de álcool (encontradas em 300 ml de cerveja ou de 100 ml de vinho). Os cinco grupos foram: nenhum, leve (de 1 a 6 drinks semanais), moderado (de 7 a 14), alto (de 15 a 28) e exagerado (mais de 28 bebidas por semana).

De acordo com a pesquisa, que foi publicada na edição de junho do Journal of the American College of Cardiology, o consumo moderado foi a faixa que mostrou atividade cerebral mais tranquila, enquanto o exagerado foi a de maior estresse. O consumo leve também pontuou melhor que nenhuma dose semanal.

O estudo ainda apontou que, entre os que alegavam consumir quantidades leves ou moderadas de álcool, a frequência de ataques cardíacos e de AVCs era menor que nas outras faixas. Em pessoas com ansiedade diagnosticada, o consumo de álcool moderado fazia os casos de picos de pressão caírem pela metade.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas

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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles

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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros

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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito

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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga

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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.

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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.

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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo

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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada

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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas

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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração

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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente

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Os riscos de beber

Ainda assim, os médicos que participaram do estudo disseram que é preciso ter cuidado ao levar a pesquisa para a mesa do bar. “Não estamos defendendo o uso de álcool para reduzir o risco de ataques cardíacos ou derrames devido a outros efeitos preocupantes do álcool na saúde”, disse o cardiologista Ahmed Tawakol, líder do estudo.

“Queríamos entender como o consumo leve a moderado reduz as doenças cardiovasculares, conforme já havia sido demonstrado por vários outros estudos, e conseguimos associá-lo ao estresse. O objetivo é encontrar outras abordagens que possam replicar ou induzir os efeitos protetores do álcool sem os impactos adversos do abuso da bebida”, diz ele.

Mais do que uma taça de vinho, os médicos que participaram do estudo indicam exercícios físicos, meditação e terapias farmacológicas para a redução de estresse. As três técnicas serão, inclusive, estudadas agora para observar se levam aos mesmos benefícios cardiovasculares.

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