Um estudo feito por pesquisadores do Imperial College London, do Reino Unido, mostra evidências de que a dimetiltriptamina (DMT), substância presente no chá de ayahuasca, tem efeitos positivos no tratamento da depressão.
A ayahuasca e outras drogas psicodélicas, como os cogumelos alucinógenos, vem sendo estudados por seu potencial para tratar problemas psiquiátricos. Os pesquisadores acreditam que o composto presente no chá pode ser uma opção para pacientes que não se adaptam ou não conseguem resultados com abordagens tradicionais contra a depressão.
A pesquisa britânica foi feita com um grupo de 34 adultos diagnosticados com depressão moderada ou grave. O grau de depressão deles foi medido no início e no fim do estudo usando as Escalas de Avaliação de Depressão de Montgomery & Asberg (MADRS).
Metade dos voluntários recebeu uma dose de DMT por via intravenosa durante dez minutos e os demais um placebo. O DMT induziu a uma experiência psicodélica de 20 a 30 minutos no mesmo dia. Todos os participantes passaram por uma sessão de terapia imediatamente depois para melhorar a compreensão sobre a experiência vivida.
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Duas semanas depois, as pessoas que haviam feito o tratamento com a dose única de DMT tinham, em média, 7,4 pontos a menos na escala de avaliação que determina a depressão em comparação ao grupo que tomou placebo. Os cientistas consideraram essa redução significativa.
Ao final de três meses, a redução média na escala MADRS foi de 15,4 pontos e seis em cada dez pessoas que receberam o DMT (60%) foram diagnosticados sem depressão.
“Os resultados são empolgantes para o campo da psiquiatria. Agora temos a primeira evidência de que o DMT, combinado com terapia de suporte, pode ser eficaz para pessoas que sofrem de depressão”, afirma o psiquiatra clínico David Erritzoe, principal autor do estudo.
Outros estudos precisam ser feitos para comprovar os benefícios da ayahuasca no tratamento de doenças psiquiátricas. Também é necessário analisar possíveis efeitos colaterais.
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