Após erro de diagnóstico, homem com câncer tem parte do pênis amputado

O inglês Gavin Brooks afirma que diagnósticos errados atrasaram o tratamento correto para o câncer de pênis, levando à cirurgia dramática

atualizado 03/01/2023 17:50

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Imagem colorida: homem diagnosticado com câncer de pênis deitado em travesseiro - Metrópoles Gavin Brooks/ Arquivo pessial

Após receber diagnósticos incorretos, o soldado inglês Gavin Brooks, 45 anos, descobriu ter um câncer no pênis. O estágio avançado da doença fez com que os médicos precisassem amputar parte do membro para retirar o tumor. Meses depois, eles descobriram que o câncer havia se espalhado para outras partes do corpo e deram ao paciente o prazo de um ano de vida.

“Se eu tivesse sido diagnosticado antes, poderia ter passado apenas por uma circuncisão que evitaria o restante das operações e quimioterapia”, acredita Gavin.

Diagnóstico incorreto

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o inglês contou que procurou por atendimento médico em 2021, após sentir um anel de pele ao redor do prepúcio – a prega que recobre a glande do pênis – e notar uma lesão na ponta do órgão.

“A pele que liga o prepúcio ao pênis rachou, sangrava e causava dor quando eu fazia xixi. Eu sabia que isso não era normal e que tinha que fazer um check-up”, lembra.

O primeiro médico diagnosticou a lesão como uma verruga genital, mas Gavin não se convenceu e procurou outras opiniões. “Eu não sabia como poderia ter uma verruga genital, já que estava casado há 20 anos e só tinha uma parceira sexual naquela época, então não achei que eles estivessem certos”, afirma.

O segundo médico sugeriu que o soldado poderia estar com candidíase masculina e prescreveu tratamento com uma pomada. Sem obter melhoras, Gavin procurou por atendimento em uma clínica de saúde sexual, onde um dermatologista realizou uma biópsia e finalmente chegou ao resultado correto: o soldado estava com câncer de pênis.

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil

Science Photo Library - STEVE GSCHMEISSNER, Getty Images
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia

miriam-doerr/istock
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia

SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença

Getty Images
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso

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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia

BSIP / getty images
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia

iStock
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante

Smith Collection/Gado/ Getty Images
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia

Science Photo Library/GettyImages
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia

Pexels

Gavin finalmente passou por uma cirurgia em janeiro de 2022 para retirar o tumor. Junto com ele, os cirurgiões precisaram remover parte de seu pênis também. Assustado com o resultado, o paciente passou a chamar o próprio pênis de Frankenweiner. A palavra é a junção entre Frankenstein e salsicha, em inglês.

“Eles levantaram meu pênis e o cortaram ao meio. Tiraram um enxerto de pele da minha perna para refazer a cabeça do pênis, mas é apenas reto, com um buraco na ponta. Quando acordei no hospital, fiquei assustado com o quanto tinha sido removido”, relembra.

Novos exames mostraram que o câncer havia se espalhado e o paciente precisou passar por uma nova operação em abril para remover os gânglios linfáticos na virilha e, posteriormente, fazer tratamento com quimioterapia intensa.

Contudo, os médicos informaram que a doença continuou a avançar, espalhando-se para outras áreas do corpo. Eles informaram que Gavin pode ter apenas mais um ano de vida.

O inglês é pai de dois filhos – Camren, 15 anos, e Jorje, 10 – e passou a maior parte de sua vida no Exército como instrutor de treinamento físico. A dificuldade de locomoção após os tratamentos contra o câncer fez com que ele passasse a usar uma cadeira de rodas na maior parte de seu dia.

Agora, Gavin procura por novas opções de tratamentos fora da Inglaterra que possam aumentar sua expectativa de vida. “Para que eu possa ficar o maior tempo possível”, conta.

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