Antiviral contra dengue previne infecção em estudo com animais

Remédio está sendo desenvolvido pela Johnson & Johnson. Doença mata cerca de 10 mil pessoas por ano

atualizado 15/03/2023 18:41

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Imagem colorida mostra Mosquito Aedes Aegypti pousado em uma pele branca. O inseto é preto e tem pintas brancas -Metrópoles Getty Images

Um medicamento experimental contra a dengue, desenvolvido pela Johnson & Johnson, mostrou bons resultados em testes iniciais com animais. O JNJ-1802, como é chamado pelos pesquisadores, provou ser eficaz contra os quatro tipos do vírus em camundongos e preveniu a infecção em macacos de dois tipos da doença.

Os resultados positivos foram divulgados nesta quarta-feira (15/3), em um artigo publicado na revista Nature.

Este pode ser o primeiro tratamento antiviral para a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Estima-se que 390 milhões de infecções ocorram a cada ano, resultando em 96 milhões de casos sintomáticos e 10 mil mortes.

A Johnson & Johnson pretende desenvolver a pílula antiviral tanto para o tratamento da dengue quanto para prevenir as infecções.

Testes com animais mostraram que a droga bloqueia a ação de duas proteínas virais, impedindo que o patógeno faça cópias de si mesmo.

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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Os testes clínicos em humanos já foram iniciados. A empresa informou, por meio de um comunicado, que o tratamento se mostrou seguro e bem tolerado entre voluntários humanos na primeira fase e, agora, um um ensaio clínico randomizado está sendo realizado.

“JNJ-1802 concluiu com sucesso um primeiro estudo clínico de fase 1 em humanos, com voluntários saudáveis, ​​e foi considerado seguro e bem tolerado. Essas descobertas apoiam o desenvolvimento clínico do JNJ-1802, um agente antiviral de primeira classe contra a dengue, que agora está progredindo em estudos clínicos para a prevenção e tratamento da dengue”, afirmam os pesquisadores no artigo.

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