Veja 5 hábitos que ajudam a prevenir o Alzheimer, segundo a ciência

Estudos feitos ao redor do mundo mostram que o estilo de vida é um fator importante na prevenção do Alzheimer na terceira idade

atualizado 17/08/2023 19:43

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Foto de idoso sentado ao lado de quatro pessoas jovens - Metrópoles Getty Images

O Alzheimer é o tipo de demência mais comum: o transtorno neurodegenerativo afeta a memória e o comportamento dos pacientes progressivamente. Os primeiros sinais costumam aparecer depois dos 50 anos.

A causa específica ainda não está totalmente clara. No entanto, pesquisas sobre a demência, em especial o Alzheimer, caminham para entender melhor o assunto. O transtorno é relacionado ao acúmulo das proteínas beta-amilóide e tau dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles, causando inflamação, desordem e destruição das células do cérebro.

Embora não exista um tratamento que impeça o surgimento da doença, o estilo de vida é apontado por médicos como uma peça importante para a sua prevenção. Veja cinco hábitos que ajudam a evitar o desenvolvimento do Alzheimer, segundo a ciência:

Ter amigos

A solidão é uma adversidade recorrente entre os idosos, que se veem sem convívio social à medida que envelhecem. Além de problemas emocionais, como ansiedade e depressão, o problema pode levar ao encolhimento do cérebro, aumentando o risco de demência.

Por isso, é extremamente importante manter uma rede de amigos próximos. Algumas dicas para manter o contato é fazer visita a familiares, frequentar grupos de atividades em comunidade ou praticar esportes.

Uma pesquisa da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, publicada em 2021, mostrou que, além de prazeroso, ter um amigo para conversar melhora a saúde do cérebro. Para chegar à conclusão, os pesquisadores avaliaram dados de aproximadamente 2 mil adultos com idade média de 63 anos.

Eles foram acompanhados desde 1997 e submetidos a exames de ressonância magnética cerebral durante as visitas de avaliação neuropsicológica.

As pessoas que não tinham com quem conversar com regularidade apresentavam um envelhecimento cognitivo de até 4,25 anos a mais em comparação com os que podiam contar com amigos para desabafar.

Um outro estudo, feito este ano na Universidade de Kyushu em Fukuoka, Japão, mostrou que o isolamento também pode afetar o volume cerebral e as funções cognitivas dos idosos. O encolhimento do cérebro pode afetar o funcionamento do órgão, levando à demência.

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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Atividade física

A atividade física é constantemente associada à melhora da saúde geral das pessoas. Pesquisadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, descobriram que ela pode ajudar também a reduzir o declínio cognitivo.

Dados de saúde de 649.605 pessoas com idade média de 61 anos, acompanhadas por quase uma década, mostraram que os participantes com melhor condicionamento físico tinham até 33% menos risco de desenvolver Alzheimer em comparação aos sedentários.

Manter-se ativo

As tarefas domésticas dividem opiniões. Para os que amam, pesquisadores da Sichuan University em Chengdu, na China, trouxeram boas notícias em um estudo publicado em 2022 no jornal da Academia de Neurologia dos Estados Unidos: cozinhar, lavar louças e praticar atividades de jardinagem podem reduzir o risco de desenvolver Alzheimer em cerca de 20%.

As atividades domésticas seriam a segunda melhor forma de prevenção contra a degeneração do cérebro, atrás apenas de fazer caminhada ou andar de bicicleta regularmente, dizem os pesquisadores.

Autocuidado

Fazer reflexões sobre a própria vida e definir um propósito para ela também são apontados como hábitos que mantêm a saúde cerebral.

As pessoas idosas que dedicam pelo menos dez minutos por dia para fazer uma auto reflexão e tentar entender os próprios sentimentos podem diminuir o risco de apresentar Alzheimer no futuro. De acordo com um estudo feito por pesquisadores da University College London, no Reino Unido, com 259 pessoas com cerca de 70 anos, elas apresentam melhor memória, maior concentração e melhores habilidades para resolver problemas.

Em outra pesquisa, cientistas da mesma universidade descobriram que ter senso de propósito pode reduzir o risco de demência na terceira idade.

Alimentação

Chá verde, frutas vermelhas e dieta cetogênica estão entre as apostas da ciência para uma dieta eficaz para prevenir o Alzheimer.

As substâncias presentes no chá verde, conhecidas como catequinas, reduziram significativamente a formação das placas de proteínas nos neurônios. O resveratrol, presente em uvas, mirtilos e vinho tinto, tem um efeito semelhante.

Ambas possuem propriedades anti-inflamatórias, como destacam cientistas da Universidade de Tufts, nos EUA, em um artigo publicado na revista Free Radical Biology and Medicine.

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