Adoçante pode diminuir a resposta imunológica a doenças, mostra estudo

A sucralose interfere na ativação das células T, importante contra doenças. Dose terapêutica poderia ajudar pacientes com doenças autoimunes

atualizado 16/03/2023 15:01

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Imagem mostra embalagem de adoçante e xícara de café - Metrópoles Reprodução/Alto Astral

O consumo exagerado da sucralose, um adoçante artificial comum presente em alimentos industrializados, pode comprometer a resposta do sistema imunológico no combate de infecções e câncer, segundo um novo estudo feito no Reino Unido com camundongos.

Os pesquisadores do Instituto Francis Crick, em Londres, acreditam que, caso os efeitos sejam semelhantes em humanos, a sucralose poderia ser usada terapeuticamente para tratar pacientes com doenças autoimunes, que sofrem com a ativação descontrolada de células T.

A descoberta foi publicada na revista Nature na quinta-feira (15/3), em um artigo em versão pré-print, o que significa que ainda precisa passar pela revisão de cientistas que não participaram do estudo.

A sucralose é um adoçante artificial aproximadamente 600 vezes mais doce do que o açúcar. Os efeitos dela no corpo humano a longo prazo ainda não são totalmente conhecidos.

Testes feitos com camundongos mostraram que os animais alimentados com altas doses de sucralose foram menos capazes de ativar as células T, um importante componente do sistema imunológico, para combater infecções ou um câncer, por exemplo. Nenhuma outra célula imune foi prejudicada.

Os camundongos foram alimentados com o adoçante em níveis equivalentes à ingestão diária considerada aceitável por autoridades de segurança alimentar.

Os pesquisadores ressaltam que os resultados do estudo não sugerem que as pessoas cortem o consumo da sucralose, uma vez que a quantidade usada nos testes dificilmente é alcançada por um indivíduo ao consumir alimentos e bebidas com o produto.

“Não queremos que as pessoas entendam que a sucralose é prejudicial se consumida durante uma dieta balanceada normal. Seria muito difícil conseguir as doses que usamos em camundongos sem intervenção médica”, afirma o co-autor da pesquisa, Fabio Zani.

Efeito positivo

Os autores do estudo esperam que a descoberta possa ser usada em novas pesquisas sobre o tratamento de pacientes com doenças autoimunes que sofrem com a ativação descontrolada de células T. Doses terapêuticas de sucralose, muito mais altas do que o normal, poderiam ajudar a atenuar a resposta dessas células.

O levantamento mostrou que os camundongos com doença autoimune que receberam uma dieta com alta dose de sucralose conseguiram mitigar os efeitos nocivos das células T.

“Se essas descobertas iniciais se mantiverem em humanos, elas poderão um dia oferecer uma maneira de limitar alguns dos efeitos nocivos das condições autoimunes”, sugere a principal autora do artigo, Karen Vousden.

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