Zoneamento: Câmara altera projeto e libera até 20 andares em bairros

Revisão da Lei de Zoneamento, que será votada 5ª feira, aumenta tamanho máximo que prédios podem ter no miolo dos bairros da capital

atualizado 19/12/2023 18:49

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Imagem colorida mostra vereadores sentados em uma mesa no palco do auditório da Câmara Municipal de SP - Metrópoles André Bueno | REDE CÂMARA SP

São Paulo — A Câmara Municipal de São Paulo apresentou, nesta terça-feira (19/12), a última versão da revisão da Lei de Zoneamento da capital paulista, faltando 48 horas para a votação final do projeto no Legislativo.

O texto traz uma mudança de última hora que permite, agora, prédios de até 20 andares (60 metros) no miolo de bairros e ruas de vila, locais que os vereadores diziam, até agora, que iriam “congelar” e proteger da verticalização.

A mudança havia sido solicitada por construtoras e associações que representam o mercado imobiliário e foi antecipada pelo Metrópoles. O relator do Zoneamento, Rodrigo Goulart (PSD), afirmou que a mudança servirá para permitir que as incorporadoras possam construir também moradias populares nesta área.

“Fizemos tudo para estimular a produção de habitações de interesse social”, disse Goulart.

Quando a revisão do Zoneamento teve início no Legislativo, em outubro, havia expectativa de que as ruas de vila, endereços sem saída ou com entrada e saída limitados, no miolo de bairros, pudessem ter as mesmas regras de adensamento do que os grandes corredores viários da cidade, onde é possível construir prédios com a metragem de até quatro vezes a área do terreno e sem limites de altura.

Essa expectativa era decorrente de outra mudança feita pela Câmara, a revisão do Plano Diretor, ocorrida em junho, que aumentou o tamanho das áreas classificadas como Zonas de Estruturação Urbana (ZEUs) para até 700 metros de distância de corredores de ônibus e estações de metrô.

Na discussão do Zoneamento, porém, os vereadores fizeram um pente-fino nas novas ZEUs para evitar que as ruazinhas de bairro tivessem essa classificação. Essas ruas viraram “zonas de exclusão”, locais em que as regras das ZEUs não valeriam.

Contudo, a nova versão do projeto apresentada nesta terça-feira incluiu essas ruas como Zonas Mistas (ZMs) ou Zonas de Centralidades (ZCs), locais que permitem prédios e usos não residenciais para os imóveis.

Além disso, o novo texto libera prédios mais altos nessas áreas. Nas ZMs, o limite de altura dos prédios subiu de 28 para 48 metros e, nas ZCs, de 48 para 60 metros, o que equivale a prédios de 20 andares.

O potencial construtivo dos terrenos não foi alterado — o limite é um prédio com a metragem de duas vezes a área do terreno. A revisão do Zoneamento está disponível para consulta em um site especial da Câmara dos Vereadores. A votação do texto final está marcada para esta quinta-feira (21/12).

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