São Paulo – A Universidade Santo Amaro (Unisa) expulsou nesta terça-feira (19/9) o sétimo estudante de medicina envolvido no episódio de masturbação coletiva, apelidado de “punhetaço”, em um torneio em São Carlos, no interior paulista. A informação foi confirmada pelo reitor da instituição, Eloi Francisco Rosa, ao Metrópoles.
Segundo o gestor, todos os expulsos pelo episódio “punhetaço” são homens, atletas e mataram aula para participar do evento esportivo fora da universidade. As investigações internas ainda estão em andamento. “Caso haja a confirmação da identidade de outros alunos envolvidos, eles também serão expulsos”, diz.
Os primeiros seis estudantes haviam sido expulsos da instituição na segunda-feira (18/9), por decisão do Conselho Universitário, responsável pelas decisões disciplinares. A sanção é a mais grave prevista no regimento da Unisa. Os alunos podem recorrer da medida.
Nesta terça, o reitor também realizou reunião com o procurador Mario Sarrubbo, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), para tratar do caso. “Fomos levar as informações coletadas e as condutas que adotamos até o momento”, diz. “Esse problema ultrapassa os limites do que pode ser feito pela universidade.”
Investigação
Na esfera criminal, a Polícia Civil instaurou inquérito e trabalha com a tese de pelo menos 15 estudantes envolvidos. O delegado João Fernando Baptista, responsável pelo caso, deve viajar para a capital paulista nesta semana em busca de testemunhas.
Alunos da Unisa já foram ouvidos informalmente por policiais em caráter de testemunha. A investigação vai servir para concluir se o caso foi de ato obsceno, crime com pena prevista de até 1 ano de prisão, ou de importunação criminosa, que dá até 5 anos de cadeia.
Um dos vídeos mostra o momento em que estudantes do time de futsal masculino da universidade invadem a quadra e passam a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição.
Alunos da Unisa que testemunharam o ocorrido afirmaram ao Metrópoles que o gesto de abaixar as calças e mostrar o pênis teria sido uma resposta a provocações feitas pela torcida adversária. Segundo eles, estudantes de medicina da Universidade São Camilo exibiram as nádegas durante a partida.
