Tortura em creche: “Que sirva de exemplo”, diz pai após condenação

Pai de uma das nove crianças vítimas de maus-tratos e tortura em creche de SP se diz aliviado com condenação de donas da escola

atualizado 27/02/2023 16:59

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Crianças sofrem maus-tratos na creche Colmeia Infantil em SP Reprodução/Redes sociais

São Paulo – O pai de uma das nove crianças que foram vítimas de tortura e maus-tratos na escola infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, afirmou se sentir aliviado com a condenação das duas donas e de uma funcionária da creche.

“Que sirva de exemplo. A justiça está sendo feita. Falando em nome de todos os pais, a gente se sente grato, se sente aliviado por elas estarem sendo condenadas”, afirmou o funcionário público Leonardo Duarte, de 25 anos, ao Metrópoles.

Roberta Serme, uma das donas da unidade, foi condenada a 49 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado e um ano e quatro meses de detenção, em regime inicial semiaberto. Já a irmã e sócia de Roberta, Fernanda Serme, que era a diretora da escola, foi condenada a 13 anos e 4 meses de prisão em regime inicial semiaberto.

A funcionária,Solange Hernandez recebeu pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime inicial fechado, além de oito meses em regime semiaberto. A defesa nega as denúncias e ainda cabe recurso.

As sócias-proprietárias estão presas preventivamente e a funcionária responde em liberdade, situação que foi mantida pela decisão desta segunda.

O filho de Leonardo é um dos que aparecem nos vídeos que circularam em março de 2022 e basearam a denúncia. Gustavo, que hoje tem 2 anos, aparece com os braços amarrados com um lençol, como se estivesse em uma camisa de força.

“A gente se sente aliviado, porém a gente fica ao mesmo tempo triste. Não é fácil ter passado por isso e sempre que essa situação volta à tona é um pesadelo que volta para a gente, mesmo sabendo agora da condenação”, afirmou o pai.

Leonardo conta ainda que o filho hoje está em uma creche da rede pública e que a criança demorou para deixar de apresentar os sinais do trauma.

“Foi muito complicada essa readaptação dele, porque ele começou muito bravo, não queria ficar na creche. A gente vê no olhar dele que hoje é uma criança totalmente diferente, feliz, extrovertida, quer brincar, conhecer, aprender. Antes não, ele era introvertido, não dava muita risada, ficava sempre cansado, vivia no hospital, com saturação baixa, vivia chorando”, diz.

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